quinta-feira, 10 de maio de 2012

Proposta de redação - Texto dissertativo - As escolhas da juventude mudam a história?



“Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição” (Artigo 1º da Constituição Federal do Brasil, 1988) A vontade do povo será a base da autoridade do governo, esta vontade será expressa em eleições periódicas, por sufrágio universal, por voto secreto equivalente que assegure a liberdade do povo.”
(Declaração dos Direitos do Homem da Organização das Nações Unidas, de 1948, o artigo 21 )

TEXTO I
O Analfabeto Político
Bertolt Brecht
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

TEXTO II
Qual a importância do voto na adolescência? O voto para jovens entre 16 e 17 anos é facultativo. Mesmo assim, alguns optam por participar da eleição.
Para o cientista político e professor do curso de Sociologia e Política da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), José Paulo Martins Júnior, o que pode levar um jovem dessa idade a votar é a consciência de que estará participando do destino do país. "É importante que ele perceba que o voto dele representa bastante", afirmou. Segundo o especialista, que foi às urnas pela primeira vez antes de completar 18 anos, a possibilidade de votar nessa idade só amplia a cidadania. "As pessoas falam pouco sobre política, então vejo nessas idades uma oportunidade para começar esse exercício".
A estudante Thiara Milhomem, 18, por exemplo, tirou o título com 16 anos e de lá para cá não deixou de se envolver em atividades políticas. "Votar, para mim, é exercer a cidadania e meu papel de brasileira", disse.
Desde os 15, Thiara faz parte da UBES (União Brasileira dos Estudantes). Atualmente, ela compõe a diretoria executiva da organização e é responsável pela campanha nacional "Se liga 16", que tem por objetivo incentivar jovens entre 16 e 17 anos a tirar o título de eleitor.
Thaís Andrea, Rudge Ramos Jornal, Universidade Metodista, http://www.metodista.br

TEXTO III

O que pensa a galera?
"Eu já posso votar, tenho consciência e informação pra isso também. Apesar de tudo, não tenho esperança de que alguma coisa vá mudar, pois os jovens não têm muita movimentação para isso. Então, permaneço na dúvida se faço meu título ou não. E se eu for votar, será nulo."
Gabriel Porto, 16 anos
"Acho que o jovem tem que votar, porque além de estar opinando, está pensando no seu futuro. Querendo ou não, nós somos o futuro e por isso temos que saber o que é melhor pra gente."
Nicole Mallmann, 16 anos
"Acho que pelo fato de cada político ter uma proposta que não ajuda a grande maioria nem beneficia os jovens, a gente acaba elegendo políticos pra influir na vida dos nossos pais, porque na nossa pouca coisa muda."
Paulo Jobim, 17 anos
"Eu não iria votar porque todos os políticos que estão em questão no momento não me agradam. Se tivesse 16 anos e pudesse tirar o título, eu acho que não tiraria, esperaria pra votar quando tivesse motivo, quando fosse obrigatório ou por consciência responsável."
Carolina Fonseca, 15 anos

Proposta

O voto aos 16 anos foi uma conquista do movimento estudantil, incorporada à Constituição de 1988. Entre o fim da década de 1980 e o início da seguinte, estudantes e jovens, de um modo geral, demonstravam interesse na vida política nacional e desejo de se manifestar, por meio do voto, sobre os rumos do país. No entanto, essa vontade de participar tem diminuído. Há cinco anos havia 3,6 milhões de eleitores de 16 e 17 anos no Brasil.
Em 2008 o número chegou a 2,9 milhões, redução de 19%. Se números assim permitem constatar o
desinteresse do jovem no exercício de um direito seu, é o caso de perguntar as razões desse fato.
Com base nos textos lidos, redija uma dissertação de 20 a 30 linhas, com o seguinte tema: O jovem perdeu o interesse pela participação eleitoral? Por quê?

Lembre-se:
Não utilize partes dos textos de apoio em seu texto;
Utilize a norma padrão;
Não se esqueça de colocar um título em sua redação.

Sucesso sempre!

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