TEXTO I
TEXTO
II
(...)
Nas
escolas, as relações do dia a dia deveriam traduzir respeito ao próximo,
através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas,
visando atingir os objetivos propostos no projeto político pedagógico da
instituição.
Muito
se diz sobre o combate à violência, porém, levando ao pé da letra, combater
significa guerrear, bombardear, batalhar, o que não traz um conceito correto
para se revogar a mesma. As próprias instituições públicas se utilizam
desse conceito errôneo, princípio que deve ser o motivador para a falta de
engajamento dessas ações.
Levar
esse tema para a sala de aula desde as séries iniciais é uma forma de trabalhar
com um tema controverso e presente em nossas vidas, oportunizando momentos de
reflexão que auxiliarão na transformação social.
Com
recortes de jornais e revistas, pesquisas, filmes, músicas, desenhos animados,
notícias televisivas, dentre outros, os professores podem levantar discussões
acerca do tema numa possível forma de criar um ambiente de respeito ao próximo,
considerando que todos os envolvidos no processo educativo devem participar e
se engajar nessa ação, para que a mesma não se torne contraditória. E muito
além das discussões e momentos de reflexão, os professores devem propor
soluções e análises críticas acerca dos problemas a fim de que os alunos se
percebam capacitados para agir como cidadãos.
Afinal,
a credibilidade e a confiança são as melhores formas de mostrar para crianças e
jovens que é possível vencer os desafios e problemas que a vida apresenta.
TEXTO III
...é importante
que a escola seja um espaço onde se formam as crianças e os jovens para serem
construtores ativos da sociedade na qual vivem e exercem sua cidadania
Nos últimos anos muito se tem falado de
violência, até porque esta passou a fazer parte do nosso cotidiano, o que
explica o interesse em discuti-la. Esta motivação é comprovada em pesquisa
realizada recentemente pelos meios de comunicação, sobre os problemas que mais
inquietam a população. A violência, entre outros, foi destacada por pessoas de
diferentes camadas sociais, como um dos principais problemas, principalmente
aquela que atinge a vida e a integridade física dos indivíduos.
(...)
A violência simbólica é mais difícil de ser
percebida. (...) exercida muitas vezes de forma sutil, sem necessariamente ser
vista como violência por quem a sofre, ou seja, quando a vítima não se dá conta
de sua importância frente a poderes, nem exerce sua capacidade de crítica em
relação a tal dinâmica. Por exemplo, a violência simbólica é exercida pela sociedade,
por falta de encaminhamento dos jovens ao mercado de trabalho, por vedar as oportunidades
para que desenvolvam sua criatividade e atividades de lazer.
Acontece também quando as escolas impõem
conteúdos destituídos de interesse ou quando os professores não se esforçam pela qualidade de suas aulas
e não respeitam seus alunos, desvalorizando-os com palavras e atitudes de
desmerecimento. Refere-se também à violência
sofrida por professores quando são agredidos em seu trabalho e em sua
identidade profissional, pelo desinteresse e indiferença dos alunos.
TEXTO IV
A grave crise de segurança que atinge as cidades brasileiras
é, cada vez mais, um desafio para os educadores. "A situação piorou na
sociedade em geral, com ações de gangues e grupos armados e disputas entre
traficantes que afetam diretamente a escola", diz a socióloga Miriam
Abramovay, de Brasília.
Segundo pesquisa do Instituto Cidadania e da Fundação
Perseu Abramo, a violência é o tema que mais preocupa os
brasileiros entre 15 e 24 anos (55% do total), à frente de emprego (52%) e da
Educação (17%). A pouca importância relativa dada à própria formação evidencia
o descompasso entre o ensino e o "mundo lá fora". Segundo Ana Paula
Corti, pesquisadora da Ação Educativa, de
São Paulo, "a questão está muito presente no horizonte das gerações mais
novas, mas as escolas não a incorporaram como fonte de intervenção pedagógica".
O desconforto em relação ao assunto é fácil de entender. Trazer os temas do
medo e da agressividade para a sala de aula não parece combinar com o papel
construtivo e pacificador do universo escolar.
Algumas experiências, como descritas a seguir, indicam
que vale a pena abandonar essa suposta neutralidade e encarar uma realidade
que, de um modo ou de outro, interfere diretamente na vida de todos nós.
TRABALHANDO A
GRAMÁTICA E AINTERPRETAÇÃO DOS TEXTOS___________________
1. No
texto I, há uma clara referência às maçãs, entregues em outros tempos, como
forma de carinho às professoras. O uso da bomba no lugar da maçã é a crítica
para a situação vivida hoje nas escolas. Como recurso intertextual, pode-se
dizer que trata-se de:
a) Epígrafe
b) Citação
c) Alusão
d) Paródia
2. Veja
o trecho do Texto II:
“os professores devem propor
soluções e análises críticas acerca dos problemas a fim de que os alunos se percebam capacitados”. A
segunda oração mantém com a primeira relação de:
a) Consequência
b)
Causa
c)
Finalidade
d)
Explicação
3. O
trecho que inicia a conclusão do texto II é:
a)
“Muito
se diz sobre o combate à violência”
b)
“Levar
esse tema para a sala de aula desde as séries iniciais”
c)
“Com recortes de jornais e revistas, pesquisas, filmes, músicas,
desenhos animados”
d) “Afinal, a credibilidade e a confiança são
as melhores formas de mostrar”
4. Segundo pesquisa do Instituto Cidadania e da Fundação
Perseu Abramo, a violência é o tema que mais preocupa
os brasileiros entre 15 e 24 anos
Em relação à segunda oração, a primeira expressa sentido de:
a) Proporção
b) Causa
c) Conformidade
d) Explicação
5.
No Texto I, há predominância da função:
a) Poética
b) Apelativa
c) Fática
d) Emotiva
PROPOSTA DE
REDAÇÃO
“Em
todo o mundo ocidental moderno, a ocorrência de violências nas escolas não é um
fenômeno recente. Este, além de constituir um importante objeto de reflexão,
tornou-se, antes de tudo, um grave problema social.” Com base nos textos de
apoio e no seu conhecimento de mundo, redija uma dissertação argumentativa, de
20 a 30 linhas, sobre o tema:
A ESCOLA COMO ESPAÇO PARA O COMBATE À
VIOLÊNCIA NA SOCIEDADE E NA PRÓPRIA ESCOLA.