São chamados vícios de
linguagem os fenômenos linguísticos que se desviam da norma-culta padrão, muito
comum na língua falada, mas inconscientemente levados ao registro escrito.
Esses vícios são classificados em:
1. Ambiguidade
Fenômeno
que dá margem a mais de uma interpretação, pela maneira como se organizou a
estrutura textual. Nesse caso, o leitor não sabe, ao certo, o teor da mensagem,
por não existir clareza na comunicação.
Veja os exemplos:
Veja os exemplos:
A
cachorra da minha sogra não sai de casa.
Possibilidades
de entendimento:
a) A
sogra tem uma cachorra que não sai de casa
b) Alguém
chama a sogra de cachorra e diz que ela não sai de casa.
Luiz
pediu para Guilherme trazer o seu terno.
Possibilidades
de entendimento:
a) Luiz
pediu para Guilherme trazer o terno de Luiz.
b) Luiz
pediu para Guilherme trazer o terno de Guilherme.
2. Cacófato
ou cacofonia:
Indica
uma formação sonora desagradável, com palavrões ou repetição excessiva de uma
estrutura fonética.
Veja os exemplos:
o Por cada;
o Boca dela;
o Vou-me já;
o Vi-a;
o Uma mão;
o Ela tinha;
o Confisca gado;
o Vi ela;
o Como as concebo;
o Moça fada;
o Essa fada;
o Havia dado;
o Por ter me tido;
o Diz puta;
o Ela havia dado um beijo;
o Diz graça;
o Tudo aquilo que
abunda sobra.
o Sempre saio só no
sábado.
o Amar ela é meu destino.
3. Solecismo:
Compreende qualquer falha de natureza sintática: concordância, regência, falta de sequencia lógica.
Compreende qualquer falha de natureza sintática: concordância, regência, falta de sequencia lógica.
Veja os exemplos:
Responda
ela no telefone. (Responda-lhe ao telefone)
Todas as coisas é muito relativas. (...são muito relativas)
Haviam trezentas pessoas no evento (Havia...)
Todas as coisas é muito relativas. (...são muito relativas)
Haviam trezentas pessoas no evento (Havia...)
São
meio dia e meio. (meio dia e meia)
4. Redundância ou
pleonasmo vicioso:
São as repetições
desnecessárias, tendo em vista palavras já citadas ou subentendidas, provocando
ruído ou entropia ao texto.
Veja os exemplos:
Ganhei um brinde grátis pela
assinatura de uma revista.
Eu voltei de novo para ver se o fato era mesmo verdade.
Eu voltei de novo para ver se o fato era mesmo verdade.
No meu aniversário,
tive uma surpresa inesperada.
1. Barbarismo :
Consiste em escrever ou pronunciar palavras
em
desacordo com a norma culta. É também considerado barbarismo
o desvio semântico de determinado vocábulo, ou seja, uso inadequado quanto ao
seu significado.
Os erros de pronúncia são chamados
de cacoépia (areoporto, em vez de aeroporto; hilariedade,
em vez de hilaridade).
Quando o erro de pronúncia for por
deslocamento da sílaba tônica, chama-se também silabada (rúbrica,
em vez de rubrica; íbero, em vez de ibero).
O erro de grafia – troca de letras,
divisão silábica incorreta, etc. – é chamado de caco grafia (majestoso,
em vez de majestoso; pixe, em vez de piche;
tun-gs-tê-ni-o, em vez detungs-tê-nio).
Também é considerado barbarismo o estrangeirismo,
ou seja, o uso indevido de expressões ou frases estrangeiras em nossa
língua. Conforme a procedência dividem-se em francesismos ou
galicismos, anglicismos, italianismos, castelhanismos ou espanholismos, etc.
Veja alguns exemplos:
a) de galicismos: charge,
em vez de caricatura; guardar o leito, em vez de ficar
acamado; débâcle, em vez de derrota, fracasso.
b) de anglicismos: cast,
em vez de elenco, conjunto, grupo; speacker, em vez de locutor; pedigree;
em vez de raça, ascendência, linhagem.
c) de castelhanismos: ficcionado,
em vez de torcedor, simpatizante, admirador; resultar bom,
em vez de tornar-se bom, ficar bom.
d) de italianismos: entrar de
sócio, em vez de entrar como sócio; repetir de ano,
em vez de repetir o ano.

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