sábado, 24 de fevereiro de 2024

Como incentivar e desenvolver o amor pela leitura em crianças?

 




A alfabetização - a capacidade de compreender e se comunicar através da leitura e da escrita - começa quando os bebês compreendem suas palavras faladas. 

Ouvir, conversar, ler e escrever fazem parte do aprendizado inicial da alfabetização - e estão todos conectados.


Ler e escrever

No caminho para se tornarem leitores e escritores, as crianças pequenas precisam de muitas oportunidades para ouvir e entender a linguagem falada. Quanto mais você, pai e mãe, forem conscientes sobre como agir, desde o nascimento do bebê, mais a criança se sairá bem ao longo de sua vida escolar.


O que fazer?

Permitir que ela interaja com pessoas que falem corretamente a língua portuguesa, ler em voz alta para que ela ouça, espalhar palavras em letras grandes pela casa - sem cobrar que ela leia - apenas deixe as palavra lá e leia você, em voz alta, sempre que a oportunidade aparecer.

Isso os ajuda a tomar consciência dos diferentes sons da linguagem.



Como incentivar o amor pela leitura?

Tenha livros espalhados pela casa e ao alcance do olhar da criança. Sempre que houver oportunidade leia em voz alta - não só apenas no horário de contar histórias - mas em horários diversos, quando a criança estiver por ali binando, comendo, tomando banho... Leia com entusiasmo, comente partes da leitura com outras pessoas e vibre com isso! 

Crie desafios sobre leituras entre você e outros componentes da família e deixe que a criança ouça e vibre com o entusiasmo de vocês!

Crie dramatizações! Invente histórias dentro de histórias já existentes, crie personagens, faça desenhos, dê nome a eles, escreva esses nomes em tamanhos grandes e cole-os na parede, sempre à altura do olhar da criança.


Se você, pai, mãe, não tem hábito e amor pela leitura, essa é uma oportunidade para criar. Eu garanto: essas atividades farão vocês se apaixonarem pelo mundo da leitura e da escrita!


Atenção:

É muito importante que você aja naturalmente. Jamais cobre leitura ou exija que a criança leia um número X de páginas por dia! Deixe que ela folheie, esteja atento(a) ás reações, entenda aos poucos sobre os assuntos sobre os quais ela mais gosta e explore-os. 

Essa é a melhor poupança ou investimento que você pode fazer para o futuro de uma criança, pois garantirá que ela tenha condições de pensar livremente, que não seja manipulada por ideias alheias, que saiba escolher entre o certo e o errado e finalmente escolha bem uma profissão e tenha sucesso nela!

*************************

Se você gostou desse texto deixe seu comentário.

Precisa de ajuda profissional na área de leitura e escrita para crianças e adolescentes?
Entre em contato:

Whatsapp:

São Paulo/SP: (11) 941865366

Uberlândia/MG: (34) 991492401

Eu sou Fátima Oliveira tenho vasta experiência no ensino de leitura e escrita para, crianças, jovens e adultos. Sou Mestre em Educação, especialista em Psicopedagogia, Arte educação, retórica, argumentação e Linguística. Fundei há mais de uma década a Palavra perfeita - Escola de redação - aqui desenvolvi meus métodos e tenho libertado muitas crianças da tirania do ensino da leitura e da escrita nas escolas brasileiras.


Como alfabetizar o seu bebê desde o ventre!

 

Alfabetização : o papel fundamental que os pais desempenham

A partir do momento em que os bebês nascem, eles começam a desenvolver habilidades de alfabetização através do relacionamento com os pais. Conversando, lendo, cantando e brincando com seu bebê ou criança pequena, você fornece a base de que seu filho precisará para desenvolver suas habilidades de linguagem e leitura.
As habilidades iniciais de alfabetização incluem ouvir, falar, ler e escreverPara crianças com deficiências ou atrasos no desenvolvimento, essas habilidades podem amadurecer mais lentamente do que em crianças em desenvolvimento típico. Qualquer que seja o nível de habilidade do seu filho, aqui estão algumas coisas que você pode fazer todos os dias para ajudá-lo a desenvolver essas habilidades importantes.

Incentivar a escuta

  • Responda ao arrulhar do seu bebê
  • Converse com bebês e crianças pequenas
  • Aumente o vocabulário nomeando coisas no ambiente da criança (por exemplo, partes do corpo, cores, roupas, alimentos, brinquedos)
  • Cante músicas e recite rimas diariamente
  • Faça sons dos animais que você vê nos livros
  • Dê instruções simples para seu filho
  • Ouça música e mova ou aplaude ao ritmo
  • Leia histórias e fale sobre ilustrações

Incentivar a fala

  • Responda ao arrulhar do seu bebê
  • Incentive as crianças a pedirem o que querem, e não aponte para isso
  • Faça perguntas às crianças sobre o dia delas e sobre as histórias que você lê para elas
  • Ensine as crianças a usar boas maneiras e cumprimentos (por exemplo, obrigado, oi, adeus)
  • Cante junto e diga rimas
  • Explicar o novo vocabulário encontrado em livros ou conversas
  • Mostre interesse no que as crianças têm a dizer
  • Compartilhe o tempo de contar histórias com seu filho
  • Use placas de comunicação ou outra tecnologia com crianças que não podem falar
  • Aumente o vocabulário lendo diariamente para seu filho

Incentivar a leitura

  • Ensine seu filho sobre os conceitos do livro (ou seja, do lado direito para cima, da frente para trás, vire uma página de cada vez, leia da esquerda para a direita, do começo ao fim)
  • Leia diariamente para seus filhos desde o nascimento
  • Faça seu filho “ler” uma história para você
  • Leia e releia a história quantas vezes seu filho solicitar
  • Coloque os nomes dos seus filhos nos pertences deles, para que eles aprendam a "ler" os nomes deles e entendam que rabiscos (letras) dizem algo importante
  • Ensine as crianças a ler símbolos e sinais (ou seja, arcos do McDonald's)
  • Leia livros previsíveis para que as crianças possam participar
  • Tenha materiais impressos visíveis em toda a casa (por exemplo, livros, revistas, receitas, cupons)
  • Mantenha uma variedade de livros infantis acessíveis
  • Exponha seus filhos a muitos livros de sua biblioteca ou livraria local
  • Certifique-se de que seus filhos o vejam ler e compreenda que a leitura é importante e agradável
  • Apoiar a importância da leitura através de atitudes e ações positivas
  • Use livros em braille ou conversando com crianças com deficiência visual
  • Fale sobre ilustrações em livros

Incentivar a escrita

  • Incentive o brincar com brinquedos que desenvolvem a compreensão e o desenvolvimento motor fino (por exemplo, quebra-cabeças, argila, contas)
  • Ofereça oportunidades diárias para as crianças desenharem ou escreverem com diferentes instrumentos (por exemplo, giz de cera, lápis, marcadores, canetas, pincéis)
  • Reconhecer a importância de desenhar, colorir e escrever rabiscos
  • Ajude as crianças a aprender cores, formas, tamanhos e nomes de letras
  • Peça às crianças que o ajudem a fazer listas de compras, assinar cartões de aniversário e participar de eventos no calendário da família
  • Exibir trabalhos de rabisco, escrita e arte para crianças no nível de visualização da criança
  • Forneça instrumentos de escrita adaptáveis, computadores ou outras acomodações para crianças com deficiências motoras finas

Atividades diárias promovem a alfabetização

Você pode incorporar essas atividades naturalmente às coisas que faz com seu filho todos os dias. Aqui estão algumas ideias para tornar as rotinas diárias um ótimo momento para promover a alfabetização:
  • Vestir / despir: nomeie partes do corpo, roupas, cores, números, conceitos como suaves / arranhados ou grandes / pequenos
  • Horário das refeições: nomeie os alimentos, fale sobre como os alimentos crescem, as cores dos alimentos, número de vegetais no prato, conceitos como quente / frio ou doce / azedo
  • Fraldas: diga ao seu filho o que você está fazendo, nomeie os itens que você está usando, como fralda, pomada, toalhetes
  • Hora do banho: conte histórias, cante canções, diga rimas e tenha alguns brinquedos de banho relacionados à alfabetização - livros de vinil, letras de banheira, formas, números
  • Hora de dormir: conte ou leia histórias todas as noites, fale sobre ilustrações, pergunte às crianças mais velhas o que elas acham que acontecerá a seguir na história
  • Hora de brincar: converse e ouça seu filho, leia e ofereça oportunidades para ele fazer atividades motoras, escrever e cantar.
  • Hora do carro: identifique o que a criança está vendo (chuva, neve, sol, árvores, caminhão, ônibus, cores, sinais, símbolos), fale sobre onde você está indo, cante canções, diga rimas, brinque com as crianças mais velhas
  • Apoiar a importância da leitura através de atitudes e ações positivas
  • Envolva os filhos na seleção de programas das listagens de TV (com orientação dos pais)
  • Sente-se com seus filhos para ver e ler o trabalho deles na escola

Se você gostou desse texto deixe seu comentário.

Se precisar de ajuda profissional na área de leitura e escrita para crianças entre em contato...

Whatsapp:

São Paulo/SP: (11) 941865366

Uberlândia/MG: (34) 991492401

Eu sou Fátima Oliveira tenho vasta experiência no ensino de leitura e escrita para, crianças, jovens e adultos. Sou Mestre em Educação, especialista em Psicopedagogia, Arte educação, retórica, argumentação e Linguística. Fundei há mais de uma década a Palavra perfeita - Escola de redação - aqui desenvolvi meus métodos e tenho libertado muitas crianças da tirania do ensino da leitura e da escrita nas escolas brasileiras.


terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

O que significa - impessoalidade - na redação do ENEM? Entenda tudo aqui!

 

Dica 1: O sujeito deve vir sempre no plural.

Significa distanciar-se das suas emoções e da subjetividade – sua opinião - ao escrever um texto dissertativo-argumentativo.

Esqueça o discurso na primeira pessoa: eu. Use sempre a primeira e a terceira pessoas do plural: nós e eles.

Assim:

Cientistas reconhecem...

Eles sabem o que é correto...

Estudiosos alertam...

 

Dica 2: Oculte o agente

Use expressões do tipo:

é importante, é preciso, é indispensável, é urgente, pois elas contribuem com o propósito da neutralidade, já que ocultam o agente da oração.

Para quem é importante? Para quem é preciso? Para quem é indispensável? Para quem é urgente? As perguntas ficam sem respostas porque não é possível definir o agente com clareza, o que neutraliza o discurso, além de deixá-lo mais objetivo.


Dica 3: Uso gramatical do sujeito indeterminado

 

Ao adotar essa técnica, você não permitirá que o leitor identifique com precisão o agente da ação. Muito útil, principalmente quando, no texto, surgir alguma informação da qual você desconhece a exata procedência.

Veja:

Aprende-se na escola a importância do respeito ao idoso.

Acreditava-se que a violência seria minimizada nas grandes cidades.

Fala-se muito sobre o aumento de casos de suicídio.


Dica 4: Use a voz passiva

Empregar a voz passiva é outra maneira, que contribui bastante para a impessoalização do discurso. Pois, ao usar a voz ativa, você apresenta um agente explícito, enquanto na voz passiva esse agente poderá estar oculto.

Veja os exemplos:

As novas descobertas sobre a cura da depressão estão sendo realizadas por estudiosos brasileiros.

Está sendo comprovada a importância da escrita à mão no processo de aprendizado.


 Esse post foi útil a você?

Deixe-nos saber: comente!

 

 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Leitura obrigatória para o vestibular da UNICAMP 2025


 Está se preparando para o vestibular da UNICAMP 2025?

essas são as obras de leitura obrigatória para você! Se ainda não começou, saiba que já é hora de agir!

  • "Prosas seguidas de odes mínimas" - José Paulo Paes
  • "Olhos d'água" - Conceição Evaristo
  • "A vida não é útil" - Ailton Krenak
  • "Casa Velha" - Machado de Assis
  • "Vida e morte de M.J. Gonzaga de Sá" - Lima Barreto
  • "Niketche - uma História de Poligamia" - Paulina Chiziane
  • "Morangos mofados (Contos escolhidos)" - Caio Fernando Abreu
  • "Canções escolhidas" - Cartola
  • "Alice no país das maravilhas" - Lewis Carrol

Boa leitura!

@palavraperfeita

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Curso de redação para concursos - em Uberlândia

 


Carga Horária: 8 encontros de 3h


Horário: Manhã, tarde ou noite

 

Objetivo

Estímulo à criatividade e à produção escrita centrada nos editais dos principais concursos públicos. A proposta deste curso de Redação é transformar os seus textos em um diferencial competitivo. Além de técnicas redacionais práticas e objetivas de interpretação temática e produção textual, o aluno poderá usufruir de acompanhamento individual de correção de textos.

 

Conteúdo

1.     Princípios da prática textual: como escrever bem?
2.     Tipologia textual: modos de organização discursiva
3.     Gêneros textuais: conceito e estrutura
4.     Coesão textual: referencial, recorrencial e sequencial
5.     Coerência textual: fatores de coerência
6.     Progressividade temático-textual
7.     Citação e Paráfrase

 

8. O TEXTO DISSERTATIVO:

·        Estrutura textual e mecanismos discursivos;

·        Introdução – A construção do parágrafo: várias formas de se começar um texto;

·        Desenvolvimento – Norma linguística e argumentação; estratégias e defeitos de argumentação;

·        Conclusão – Construção e fechamento 

 

9. Temática objetiva e subjetiva: como analisar e entender o tema e iniciar o texto?
10. Estudo de temas: análise de temas propostos em provas de concursos públicos.

 

Para mais informações:


WHATSAPP: 11941865366

@palavraperfeita


 

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Aprenda a escrever o relato pessoal - vestibular UFU

 


Gênero textual – relato pessoal

Modalidade de texto NARRATIVO, no qual você relata fatos vivenciados por alguém.

O relato pode ser:

·      Verbal – quando é falado ou narrado oralmente.

·     Escrito – quando você conta os fatos por escrito – que é o caso das redações nos vestibulares.

4 – Relato - Gêneros narrativos 

- Há muitas formas de narrar: da ancestralidade do folclore e das narrativas orais até o dinamismo e a velocidade dos textos produzidos em função do advento da internet. Além disso, há também histórias narradas a partir de fatos e acontecimentos verídicos ou associados a experiências reais ou aquelas que são produto da imaginação criativa e da invenção despreocupadas.

Veja abaixo, separadamente, todas as formas de narrar construídas ao longo do tempo.


Elementos da narrativa

Além da temporalidade, devem ser destacados os elementos que as compõe e a estrutura a qual esse gênero textual deve respeitar.

São elementos da narrativa:

·     enredo;

·     os personagens;

·      narrador;

·      espaço;

·      tempo. 

 

Eles são fundamentais para se tecer o sequenciamento de eventos, o desenvolvimento de ações e a participação dos personagens, como no imprescindíveis para se constituir um texto narrativo.

enredo é o encadeamento de episódios que constrói a narrativa, ou mesmo a forma de fazê-lo, com o objetivo de possibilitar geralmente o desenvolvimento de um conflito que será a razão de existência de uma narrativa. O conflito pode ocorrer entre pessoas, como no caso do romance “Poderoso Chefão”, de Mario Puzzo; entre os rigores da natureza e o homem, que é muito bem ilustrado em “Vidas secas” de Graciliano Ramos; entre o Estado e o cidadão, como no caso da obra “O processo” de Franz Kafka; entre a pessoa e seu íntimo, como em muitas narrativas de Clarice Lispector; etc. O enredo pode ser linear quando se respeita a ideia de passagem mais cronológica ou mesmo física do tempo, como são os casos de grande parte dos filmes, em especial anteriores a década de 1970, e da Literatura anterior ao século XIX; ou pode ser não-linear como caso de narrativas de filmes em que digressões temporais, arranjos não cronológicos dos eventos da narrativa, inversão da estrutura narrativa, etc., são responsáveis por emprestar uma sensação não natural ou cronológica no tempo interior à narrativa.

espaço ou ambiente é o local onde se passa a narrativa, por isso pode ser descrito de forma detalhada ou displicente de acordo com as intenções do autor.

O espaço pode ser:

·     Físico, quando ele é real e concebível de acordo com a experiência humana partilhada, desde que hajam informações que permitam reconstruções fidedignas desses ambientes, como local em que se passará uma narrativa;

·     Psicológico, quando é produto da criatividade parcial ou totalmente desconectada do que é entendido como realidade pela maioria das pessoas, é, portanto, um espaço de fantasia, de absoluta ficção e não reconhecível pela experiência sensorial das pessoas.

tempo é outro elemento crucial em narrativas, até mesmo pelo tipo de temporalidade imprescindível para esse tipo de texto. Pode ser usado como forma de denunciar transformações no espaço da narrativa ou nos personagens, como mecanismo de controle ou mesmo facilitador do entendimento a respeito da ordem em que os episódios ocorrem na narrativa.

 

Pode ser grosseiramente, quanto a sua abordagem, dividido em dois tipos:

·     tempo cronológico: aquele que pode ser medido, mensurado e percebido em acordo com a percepção média das pessoas a respeito de sua passagem;

·      tempo psicológico: quando admite-se a interferência de ponto de vista particular na construção ou mesmo na percepção da passagem do tempo, o que faz com que uma narrativa longa possa compreender um recorte temporal de um dia ou menos; ou ainda de não ser possível precisar ou quantificar o tempo passado ao longo da história.

 

Os personagens são os responsáveis pela existência do enredo, pois é nas relações entre eles que o conflito, o drama ou a trama é desenvolvido num espaço e num tempo em que se enredam histórias contadas por um narrador, que é o responsável por trazer à vida.

Personagens podem ser descritos de forma detalhada e criteriosa, já no início da narrativa ou podem ser descobertos ao longo do texto muito mais pelas suas ações e pela forma como são vistos por outros personagens do que por uma descrição do autor. Personagens, também podem, quanto à relevância e a função ocupada em uma história, ser protagonistas, antagonistas ou coadjuvantes. Essa classificação, tradicionalmente, constrói-se sob dois aspectos: o maniqueísmo e a importância. Assim o protagonista ou o herói seria a representação do bem na narrativa, e o mal seria representado pelo antagonista ou vilão, ambos tratados como os personagens mais importantes dela. Desse modo, são definidos os coadjuvantes ou personagens secundários como aqueles de importância variada numa narrativa, mas de relevância sempre menor do que os que a protagonizam. Personagens podem ainda ser vistos como planos quando nada ou pouco mudam ao longo de uma narrativa ou redondas quando sofrem alterações significativas na sua forma de proceder, ser ou pensar ao longo da história.

·     O foco narrativo pode ser compreendido de forma simples e didática, como uma perspectiva assumida pelo narrador para apreciar, acompanhar, descrever, enfim, narrar. Uma história pode ser contada em primeira pessoa do discurso, o que confere ao narrador o papel também de personagem do relato que conta. Dessa forma, como protagonista ou coadjuvante da história; na qual ele está envolvido, narra sob uma perspectiva algo privilegiada, que é a de contar uma história da qual fez parte.

Por outro lado, uma narração pode ser feita em terceira pessoa do discurso, quando o narrador assume uma perspectiva de quem não participa da história. O narrador em terceira pessoa pode ser observador ou onipresente, quando narra uma história de acordo com as limitações humanas, ou seja, sem aparentar conhecimento sobre o futuro ou mesmo sobre o passado dos personagens, sem narrar eventos simultaneamente e sem conhecimento sobre as sensações, sentimentos e pensamentos íntimos dos personagens. Esse foco narrativo é mais comum em narrativas centradas na ação e no suspense, sendo assim um tipo de narrador muito frequente em histórias policiais, de guerra e de terror. Além dessa perspectiva, o narrador pode também ser onisciente quando aborda uma história, também sob a premissa da onipresença, pois tem um controle sobre o que narra digno de ser muito superior às capacidades humanas, visto que as supera em função de que não tem as - já descritas - limitações dela, por isso narra o que acontece em locais diferentes de forma simultânea, o que se passa no íntimo dos personagens e sobre o passado e o futuro deles.

 

Estrutura da narrativa - quanto à estrutura de textos narrativos, pode-se dizer que a maioria das narrações se organiza em torno de uma apresentação, em que um equilíbrio de forças é sugerido ou mostrado, personagens são apresentados e referências espaço-temporais são marcadas.

 

desenvolvimento é a parte em que o conflito narrativo é estabelecido e desenvolve-se com o objetivo de ser solucionado - em tese - da forma mais interessante e imprevista possível.

 

clímax é o momento mais intenso e crítico da narrativa, dele deriva a solução para o conflito desenvolvido, embora não se possa esperar apenas resultados positivos desse processo, porque o equilíbrio alcançado posteriormente pode ser muito diferente daquele informado ou sugerido na introdução. A última parte convencionalmente de uma narrativa é a conclusão ou desfecho, em que se apresenta a solução para o conflito criado pelas ações dos personagens, o que restabelece, portanto, o equilíbrio na narrativa.

É Importante informar que partes de uma narrativa podem ser suprimidas como a conclusão ou a introdução ou a ordem delas pode ser modificada, como ocorre em muitas produções da atualidade no cinema e na literatura.

 

Relato - segundo o dicionário Houaiss, o termo RELATAR refere-se à exposição oral ou escrita de um fato ou mesmo narrar, expor, referir. Assim, percebe-se que a tipologia textual narrativa que é o principal mecanismo construtor do gênero textual relato, no qual se informa o leitor sobre alguma experiência de vida do escritor ou sobre algum acontecimento que ele tenha presenciado ou sabido. Diante disso, o relatar deve ser situado no tempo e no espaço. 

 

O relato é um gênero textual em que se conta um fato que ocorreu com o narrador ou com outra pessoa circunscrito a um intervalo específico e determinado de tempo, ainda que possa haver, embora incomuns, relatos construídos a partir de motes ficcionais. Também é comumente escrito com reflexões acerca das experiências vividas ou vivenciadas. Em outras palavras, geralmente, tais relatos devem nos servir para refletir sobre acontecimentos da vida e sobre o que aprendemos ao vivê-los.

Um relato tem como características principais:

a.               Contextualização inicial do relato, identificando tema, espaço e período;

b.       Identificação do relator como sujeito das ações relatadas e experiências vivenciadas, ou seja, o narrador deve ser personagem, o que deve ser confirmado pela proposição geral da proposta de redação;

c.       O discurso indireto é a única possibilidade de comunicação das falas dos personagens do relato. O discurso direto será penalizado.

d.       É importante reforçar o uso de tempos verbais predominantemente no passado e com expressões temporais, como “Naquela manhã”, “Depois”, “Em seguida”, etc.;

e.       Linguagem informal é mais comum, ainda que isso dependa das orientações da banca sobre como proceder na confecção do texto.

 

 

Agora veja alguns exemplos:

 

Texto 01.

João Carlos Martins herdou a paixão pela música de seu pai José, que teve seus estudos de piano interrompidos ainda na infância, quando perdeu um dos dedos da mão direita em uma máquina de corte, na gráfica onde trabalhava.

A paixão pela música, no entanto, seria passada para a próxima geração e o acidente ocorrido com sua mão foi o primeiro de uma série que iria marcar a história da família.

Em 1940 nasceu João Carlos Martins, 4º filho de José, que logo se tornou amante da música, assim como seu irmão, José Eduardo. Desde as primeiras aulas de piano João já demonstrava grande talento, e aos 8 anos venceu seu primeiro concurso tocando obras de Bach.

João se tornou o maior intérprete mundial de Bach, mas teve vários incidentes ao longo da vida envolvendo suas mãos, que hoje estão atrofiadas.

Aos 63 anos João iniciou uma nova carreira, como regente e mais uma vez surpreendeu a todos com sua dedicação. Hoje com 69 anos, ele se sente agradecido por ser brasileiro e poder continuar levando a música às todas as camadas sociais, provando que ‘A música venceu’.”

Fonte: http://viveravida.globo.com/platb/portal-da-superacao/

Texto 02.

A reta final

Quando chegou meu primeiro dia de ir para escola estava muito ansiosa pensando o que iria encontrar pela frente. Crianças, iguais a mim, meus futuros amigos, professores, obstáculos e uma grande insegurança, pois estava deixando o aconchego da minha casa para compartilhar parte do meu dia com pessoas estranhas e diferentes.

Desde que iniciei na escola até hoje sempre gostei de estudar, aprender, trocar ideias acho que sempre temos algo á aprender e á ensinar. Pensava em dar continuidade aos estudos, em cursar nível superior, mas sem muitas condições financeiras, acabei adiando este sonho como tantas outras pessoas que lutam para ingressar em uma faculdade, mas se limita a isso, apesar de minha família sempre me incentivar a estudar.

No ensino fundamental estudei em três escolas e no ensino médio em duas, apesar dos obstáculos que encontrei, como a mudança de uma escola para outra, a conquista de novas amizades e novos professores, nunca desisti, procurava me esforçar e conseguir terminar no mínimo o segundo grau. Foi o que fiz.

Passados alguns anos, depois de fazer alguns cursos, fui incentivada pelo meu namorado a prestar o vestibular, me inscrevi já com orgulho de mim mesma, pela coragem de encarar mais este obstáculo. Não imaginava que iria passar devido aos vários anos longe da escola. Além disso, surgia à dúvida entre qual curso eu escolheria. Fiz minha inscrição e decidi fazer Pedagogia, para minha surpresa passei em 1ª chamada, fiz minha matrícula e ingressei no curso.

Durante a minha caminhada tive algumas dúvidas se era realmente este caminho que gostaria de seguir, pensava: Vou ser professora, será que é isso que realmente quero... Ficava um pouco confusa, pois além da dúvida, havia as pessoas que criticavam as minhas escolhas, dizendo: Tu vai ser professora para ganhar uma miséria? Tranquei minha matrícula por dois anos, pensei, repensei e pensei de novo. Quando surgiram algumas especializações na área, decidi voltar, pois haveria mais opções de escolha dentro da área de Pedagogia e não somente dar aula. Se não me saísse bem na sala de aula, teria outras opções.

Hoje estou a um passo de concluir meu curso e sinto muito orgulho quando as pessoas perguntam quando vou me formar e posso responder: “Me formo ano que vem...”. Achava que este dia não iria chegar tão cedo. Imagino o dia da minha formatura, que as pessoas que eu amo estarão lá me assistindo, penso nos amigos torcendo por mim, pela minha conquista. Imagino a música tocando no momento que chamarem meu nome. Quero que este dia seja inesquecível, pois tenho certeza que naquele momento as pessoas próximas vão lembrar do quanto custou minha caminhada até realizar este sonho, as desilusões, as perdas e ganhos, as decepções até conseguir chegar aonde cheguei.

Relembro o início da minha vida como estudante e da satisfação em estar conquistando mais um sonho na minha vida, que quase estava sendo deixado de lado.

Mas não deixo de citar uma pessoa muito importante na realização desta conquista. Uma pessoa que sempre me ajuda muito que preciso, meu namorado Wagner, hoje meu marido. Graças ao incentivo dele, da sua insistência, da sua compreensão durante todos estes anos, estou na reta final da realização de mais um dos nossos sonhos, e espero que este seja apenas um alicerce que sustente os próximos sonhos que pretendemos realizar juntos. (Keli Cristina Till)

 

Texto 03.

[...] Em Santos, onde morávamos, minha mãe me lia histórias, meu pai gostava de declamar poesias. Foi em um momento da escola - 6ª série hoje – que li do começo ao fim um romance: Inocência, de Taunay. Essa é minha mais remota lembrança de leitura de um romance brasileiro. Lia o livro aberto nos joelhos, afundada numa poltrona velha e gorda, num quartinho com máquina de costura, estante cheia de livros e quinquilharias e vez ou outra atrapalhada por uma gata branca chamada Minnie.

Até então leitura era coisa doméstica. Tinha a ver apenas comigo mesma, com os livros que havia na estante de meu pai e com os volumes que avós, tias e madrinhas me davam de presente. No cardápio destas leituras, Monteiro Lobato com seu sítio do pica-pau amarelo, as aventuras de Tarzan, gibis e mais gibis.

Mas um dia a escola entrou na história.

Dona Célia, nossa professora de português, mandou a gente ler um livro chamado Inocência. Disse que era um romance. Na classe tinha uma menina chamada Maria Inocência. Loira desbotada, rica e chata. Muito chata. Alguma coisa em minha cabeça dizia que um livro com nome de colega chata não podia ser coisa boa.

Foi por isso que com a maior má vontade do mundo é que comecei a leitura do romance. O livro começou bem chatinho, mas depois acabei me interessando por ele. Não o incluo entre os melhores livros que li, mas foi ele quem me ensinou a ler romances e a gostar deles, desconfiando primeiro, abrindo trilhas depois e, finalmente, me entregando à história.

Depois vieram outros, em casa e na escola. Com o tempo virei uma profissional da leitura, dando aula de literatura em colégios, cursinhos e faculdades.

Assim, livros e leituras foram ocupando espaços cada vez maiores. Na minha casa e na minha vida. A estante do quartinho dos fundos ampliou-se. Falar de livros virou profissão e muitos outros romances brasileiros continuaram a construção da leitora que sou hoje. (Marisa Lajolo)

Texto 04.

“Noite escura, sem céu nem estrelas. Uma noite de ardentia. Estava tremendo. O que seria desta vez? A resposta veio do fundo. Uma enorme baleia, com o corpo todo iluminado, passava exatamente sob o barco, quase tocando-lhe o fundo. Podia ser sua descomunal cauda, de envergadura talvez igual ao comprimento do meu barco, passando por baixo, de um lado, enquanto do outro, seguiam o corpo e a cabeça. Com o seu movimento verde fosforescente iluminando a noite, nem me tocou, e iluminada seguiu em frente. Com as mãos agarradas na borda, estava completamente paralisado por tão impressionante espetáculo— belo e assustador ao mesmo tempo. Acompanhava com os olhos e a respiração seu caminho sob a superfície. Manobrou e voltou-se de novo, e, mesmo maravilhado com o que via, não tive a menor dúvida: voei para dentro, fechei a porta e todos os respiros, e fiquei aguardando, deitado, com as mãos no teto, pronto para o golpe. Suavemente tocou o leme e passou a empurrar o barco, que ficou atravessado a sua frente. Eu procurava imaginar o que ela queria.” (Amir Klink)


Ainda tem dúvidas? Está com dificuldades na redação para o vestibular UFU?

Posso te ajudar:

whatsapp: 11941865366

(34)991492401

Aulas presenciais ou online.

Fátima Oliveira

 


Postagem em destaque

Curso completo: Português para concursos – com bônus de Redação - em Uberlândia - Aulas particulares

Nesse curso, além das aulas de Língua portuguesa, todo aluno matriculado, receberá - totalmente de graça - suporte à prática de re...