segunda-feira, 7 de julho de 2014

Caminhos para um boa (interpretação de textos) - Português para concursos e vestibulares


É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a concursos públicos.  

Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões relacionadas a textos.

TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa - capacidade de codificar e decodificar.

CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.

INTERTEXTO -  comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO. 

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO -  o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:

1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).

2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto.

3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 
  
4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 

5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras.

EXEMPLO:
Texto
Paráfrase
“A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.” (Américo Barbosa, na Folha de São Paulo)
a) No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet.
b) Tanto a internet quanto a mente de Deus, podem ser acessadas, no mundo todo, por qualquer um. 

   


Condições básicas para interpretar : 
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática;
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico;

OBSERVAÇÃO – na semântica -  significado das palavras - incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonimia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros.

c) Capacidade de observação e de síntese e 
d) Capacidade de raciocínio.




Interpretar X Compreender

Interpretar é:
Compreender é:
·        Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.

·        Intelecção, entendimento, prestar atenção,


Erros de interpretação
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.

b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.

c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão.
OBSERVAÇÃO -  Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas em prova de vestibulares, ENEM e concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais.
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.
 
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.  
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sedo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:
·        Que (neutro) – relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase.
·        Qual (neutro) idem anterior.
·        Quem (pessoa).
·        Cujo (posse) – antes dele, aparece o possuidor e depois, o objeto possuído.
·        Como (modo)
·        Onde (lugar)
·        Quando (tempo)
·        Quanto (montante) Exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto).
 Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O).

Vícios de linguagem

Há os vícios de linguagem clássicos (BARBARISMO, SOLECISMO, CACOFONIA); no dia a dia, porém, existem expressões que são mal empregadas, e, por força desse hábito cometem-se erros graves como:
·        “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte.
·         “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome oblíquo átono correto é O. 
·         “ No bar: “ME VÊ um café”. Além do erro de posição do pronome, há o mau uso.






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