Já diziam os mais
velhos (sábios) que,” quando não pudermos ajudar, melhor é calar”, ou “ quem
muito fala da bom dia a cavalo” ou ainda,” em boca fechada não entra mosquito”.
À parte os clichês,
muitas vezes senso comum destituído de qualquer sentido concreto, esses citados
acima deveriam nortear a vida daqueles que lidam com as palavras, profissionais
ou não.
É verdade que a
herança do ocidente, vinda dos pensadores gregos, é a da prolixidade, do falar
demais e exacerbadamente, ao contrário da competência e objetividade do
oriente, que consegue sintetizar uma máxima em apenas um ideograma, falar
pouco, resumidamente, e conter muito conteúdo.
Sabe aquele tipo de
pessoa que fala demais para explicar uma coisa simples? Pois é, você corre o
risco de cometer esse erro no seu texto quando escreve demais – o famoso “encher
linguiça”.
Existem alguns escritores
muito prolixos, como Eça de Queirós, Jorge Amado, o americano Norman Mailler,
entre outros.
Em textos escritos o rodeio, a amplitude de
informações, o dar a volta de 360º graus, ficaria chato, longo, tedioso,
poluído, confuso.
Se você observar os
textos escolhidos como os de “nota dez” em vestibulares e concursos são os que apresentam boas ideias, bom
conteúdo e, acima de tudo, objetividade. São simples e ao mesmo tempo utilizam
uma linguagem culta, correta. Primam por dizer muito com pouco.
Deixemos a
prolixidade para as mesas de bares, o estádio de futebol, a conversa informal
na fila do banco ou no consultório dentário, quando o tempo é propício e se
arrasta, mas não para as redações que, infelizmente, necessitam estar
encolhidas em apenas 30 mirradas linhas.
Fátima Oliveir
Professora de Língua Portuguesa, Redação e áreas afins
Assessoria, treinamentos e formação continuada.
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