Os gêneros textuais agrupam-se de acordo com sua estrutura e finalidade.
Há muito tempo a dissertação deixou de ser o único cobrado nos vestibulares,
sobretudo nos exames da UFU(Universidade Federal de Uberlândia). Além da
tradicional dissertação argumentativa, os alunos são provocados a escrever
carta argumentativa, artigo de opinião, resenha, narração (conto ou crônica) ou
notícia. Por meio desses gêneros, os candidatos devem demonstrar a capacidade
de organizar ideias, estabelecer relações, fazer uso de dados e informações
para elaborar argumentos sobre o tema.
Vale a pena relembrar:
Dissertação
Com
esse tipo de texto busca-se apresentar, interpretar, discutir e analisar os
assuntos por meio de exposições e argumentos. De um modo geral, tem-se
cobrado a dissertação argumentativa para avaliar a capacidade de o aluno
posicionar-se sobre o tema, demonstrar habilidade de argumentação e
informatividade de forma bem objetiva.
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Estrutura
Introdução do assunto a
ser abordado. É o ponto de partida e o pretexto para se começar a discussão.
Fique atento para não iniciar o texto na forma de resposta à pergunta feita na
proposta, nem no meio da questão, pressupondo que o leitor já saiba do que se
trata.
Desenvolvimento do
ponto de vista apresentado na introdução, com a exposição dos elementos sobre o
tema e os argumentos.
Conclusão com a
retomada do pretexto inicial da redação por meio da costura, de forma concisa,
dos principais pontos apresentados no desenvolvimento. Não apresente novos
argumentos na conclusão, pois darão a falsa impressão ao leitor de que a
redação prosseguirá.
Artigo de opinião
Trata-se de gênero similar à
dissertação. Deve conter, também, introdução, desenvolvimento e conclusão.
Contudo, diferencia-se por possibilitar ao autor expor de forma mais livre seu
modo de pensar e seu ponto de vista sobre uma questão controversa. Enquanto na
dissertação, as marcas da subjetividade devem ser minimizadas, no artigo de
opinião elas podem estar presentes de forma mais explícitas.
Principais características:
·
destina-se a convencer o leitor por meio de
uma argumentação sustentada sobre essa posição;
·
em geral, o título já anuncia o seu ponto de
vista;
·
possui
unidade temática;
·
deve
possuir progressão temática, buscando-se ampliar a reflexão e os exemplos.
Carta argumentativa
Trata-se de gênero similar à
dissertação e também deve apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão.
Não podem faltar:
·
cabeçalho com nome da cidade e data. Ex:
Florianópolis, 30 de junho de 2010;
·
vocativo inicial, cuja escolha
dependerá do leitor ao qual se destina ou da sua relação com ele. Ex.: Senhor
Fulano, Excelentíssimo Senhor Presidente, Querido amigo, etc.
-interlocutor definido ao qual você deverá se dirigir frequentemente ao
longo do texto.
·
adaptação da linguagem à realidade do
destinatário da carta e do grau de intimidade estabelecido entre vocês;
·
expressão que introduz a assinatura do autor.
Ex.: Atenciosamente, de um amigo, de um cidadão, de seu amor, etc.
·
assinatura – crie um pseudônimo
para o personagem criado na sua carta; caso você coloque o próprio nome, sua
redação será anulada.
Enquanto na dissertação
você tem um interlocutor universal, na carta seu leitor é específico, por
isso os argumentos devem ser escolhidos conforme a situação e dirigidos a
ele.
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Resenha
Aproxima-se do texto
dissertativo. Apresenta informações selecionadas e sintetizadas sobre o objeto
resenhado. Fala-se, normalmente de uma obra artística ou científica: livro,
filme, espetáculo teatral, show, CD musical, etc.
Amplia-se com comentários e avaliações (positivos ou negativos) a respeito do
mesmo tema, levando-se em conta o contexto e o público a que se dirige.
Narração
Esse tipo textual tem sido
bem frequente nos principais vestibulares nacionais. Pode-se defini-lo como
aquele no qual se relatam fatos, acontecimentos, verídicos ou não, os quais se
desenrolam em determinado tempo e lugar, com a atuação de uma ou mais
personagens.
Como no vestibular o limite
para o texto é pequeno (30 linhas), o que não pode faltar?
·
O examinador tem de “ver” a cena,
imaginar com detalhes o cenário em que se passa a ação, enxergar o personagem e
assistir a cada reação. Para isso, devem-se descrevê-los, procurando usar
adjetivos que deem forma, cor e tamanho aos seres ou objetos presentes na
história.
·
Embora não muito extensos, os diálogos devem
estar presentes.
·
Ao contar a história de um personagem,
deve-se procurar questioná-lo e discutir seus valores, bem como demonstrar que
o texto tem uma razão para ser escrito, com uma carga emocional ou ética que
afete e envolva o leitor.
·
Quanto
à estrutura, a introdução deve apresentar os personagens, localizando-os no
tempo e no espaço. O desenvolvimento da trama deve ser construído por meio das
ações deles. Já a conclusão dar-se-á após o clímax, finalizando a história.
Crônica
Texto narrativo curto em
que, geralmente, trata-se de problemas do cotidiano. Traz como personagens
pessoas comuns, sem nomes ou com nomes genéricos; sem aprofundamento
psicológico e apresentadas em traços rápidos. Organiza-se em torno de único
núcleo e único conflito. Tem como objetivo envolver e emocionar o leitor.
Conto
Enquadra-se, também, como
narrativa curta. Diferencia-se dos romances não apenas pelo tamanho, mas também
pela estrutura: há poucas personagens, sem análise profunda; há acontecimentos
breves, sem grandes complicações de enredo; há apenas um clímax, no qual a
tensão da história atinge seu auge. No conto, tempo e espaço são elementos
secundários, podendo até não aparecer de forma explícita. Além disso, os
detalhes do próprios acontecimentos podem ser dispensáveis.
Notícia
É o relato de uma série de
fatos a partir do mais importante. Estruturado de forma lógica, caracteriza-se
por contar um fato de forma simples, seca e objetiva. Seu primeiro parágrafo
denomina-se “lide”. Nele estão sintetizados os dados principais: quem, onde e o
quê. O como e o porquê podem aparecer no corpo da notícia. Sua linguagem
jornalística deve buscar a imparcialidade e a objetividade sobre o fato
relatado. Isso pode ser conseguido pelos seguintes artifícios: ausência de
enunciados de opinião; uso de terceira pessoa; ausência de adjetivos que possam
dar a impressão de subjetividade ou de interferência da opinião do redator.
Emprego preferencial de verbos no modo indicativo.
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