Passou nas objetivas, mas foi eliminado na redação –
você já ouviu isso?
Observo que muitos candidatos a
concursos públicos sabem que a escrita de um bom texto não se restringe a
determinados aspectos, como acentuação, pontuação, escolhas lexicais,
gramática, ortografia, concordância e regência. Por isso, já aprenderam sobre a
estrutura de um texto dissertativo, as informações que devem conter cada parte
e, ainda, os conceitos de coesão, coerência, argumentação etc., tão falados em
cursos preparatórios.
É preciso saber aplicar
É necessário que tais conceitos sejam
vistos e discutidos, na prática. Não adianta só saber, por exemplo, que o
elemento coesivo “se” expressa uma relação de condicionalidade. É preciso, no
interior do texto, ver quais as relações de sentido foram estabelecidas pelo
seu uso. Também não adianta saber o que é ambiguidade; tem que saber
identificá-la em um texto real e saber desfazê-la. É por isso, também, que a
escrita de um bom texto está intimamente associada à leitura. Na verdade, o
processo de produção de textos envolve muitos aspectos que não trataremos
agora; e o aperfeiçoamento dessa produção exige, inclusive, um
leitor-interlocutor dos textos produzidos. Em muitos casos, esse leitor – profissional
atuante na área – intervém no momento em que o texto está sendo produzido pelo
seu autor.
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