A impessoalidade caracteriza-se pelo emprego de verbos e pronomes em terceira pessoa do singular, no intuito de conferir ao texto uma isenção, imparcialidade maior.
Tanto o emprego exagerado como a sua ausência podem causar prejuízos
imensuráveis ao texto.
Por exemplo, numa DISSERTAÇÃO-ARGUMENTATIVA, a impessoalidade é
indispensável, já no Artigo ou na Carta argumentativa, ela não deve existir.
Veja o exemplo de um texto, no qual se usa a primeira pessoa do singular:
Acredito que a proposta da ONU ao criar o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa foi sensibilizar os cidadãos no combate a esse tipo de violência e garantir o envelhecimento da população com dignidade, respeito e qualidade de vida. Esse fato me leva a propor, que se discuta esse problema na sociedade brasileira.
Veja o mesmo fragmento de texto escrito em terceira pessoa ou em
linguagem impessoal:
Acredita-se que
a proposta da ONU ao criar o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra
a Pessoa Idosa foi sensibilizar os cidadãos no combate a esse tipo de violência
e garantir o envelhecimento da população com dignidade, respeito e qualidade de
vida. Nessa perspectiva, é necessário que se discuta esse problema na sociedade brasileira.
Para entender a dica leia a [REDAÇÃO NOTA MIL] ENEM 2017
Tema
OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO EDUCACIONAL DE SURDOS NO BRASIL
A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu
em 1981 o Ano Internacional da Pessoa com Deficiência, trazendo para a
sociedade a importância do debate de inclusão social que os deficientes
precisam ter, assim como qualquer ser humano. No Brasil tem sido discutida a
necessidade do empreendimento educacional para a formação dos surdos e seus
consequentes desafios. Nesse sentido, vale analisar aspectos relevantes acerca
desse assunto.
Cabe
pontuar, em primeiro plano, que o sistema educacional brasileiro ainda não é
preparado para incluir integralmente os surdos, vide o decréscimo do seu
ingresso na educação básica, segundo dados do INEP. Nesse contexto, vê-se que a infraestrutura escolar, bem como a
capacitação dos professores para atender esses estudantes têm sido
negligenciadas, indo, assim, em oposição aos postulados aristotélicos, os quais
afirmam que a ética está diretamente ligada à busca do bem comum e da
felicidade geral da sociedade. Destarte,
quando a educação básica não é inclusiva, o ensino superior do surdo também é
subjugado, já que as universidades exigem uma boa trajetória escolar para o seu
futuro ingresso.
Concomitantemente,
a cultura brasileira é, em grande parte das vezes, preconceituosa. Posto isso,
a sociedade ainda traz o estigma de que o surdo é inválido, confundindo a
surdez com alguma enfermidade mental. Dessa forma, é
possível perceber que, pela relativa precariedade da sua formação, a
própria entrada desses deficientes no mercado de trabalho sofre com essa esteriotipação,
na medida em que os cargos de alto desempenho são ocupados, majoritariamente,
por profissionais de audição normal, mesmo que a criação do Estatuto da Pessoa
com Deficiência, de 2015, estabeleça a implantação de oportunidades iguais para
esses cidadãos. Fica claro, portanto, a necessidade de medidas para garantir a
formação educacional do surto e a sua inserção na sociedade.
Nessa
perspectiva, é imprescindível que o Ministério da Educação, em parceria com as
secretarias de mesmo setor, amplie e promova a capacitação e treinamento dos
docentes de nível básico e superior na língua de libras, por meio de congressos
e palestras que provoquem os profissionais, de modo que a formação do surdo
seja garantida e priorizada. Outrossim, é essencial que o Poder Judiciário
fiscalize as leis vigentes no Estatuto, por intermédio de multas e penalizações
às empresas e aos órgãos contratantes que não ofereçam iguais possibilidades
para que o surdo adentre no mercado de trabalho. Assim, será possível tratar com
dignidade esses cidadãos, como proposto pela ONU.
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