É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a concursos públicos.
Por isso, vão aqui alguns
detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões relacionadas a
textos.
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e
relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir
interação comunicativa - capacidade de codificar e decodificar.
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas
frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a
anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do
conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO.
Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase
for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um
significado diferente daquele inicial.
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam
referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse
tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO -
o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações,
as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões
apresentadas na prova.
Normalmente, numa prova, o
candidato é convidado a:
1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto.
1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto.
3. COMENTAR - é relacionar o
conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito.
4. RESUMIR – é
concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo.
5. PARAFRASEAR – é
reescrever o texto com outras palavras.
EXEMPLO:
Texto
|
Paráfrase
|
“A
mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no
mundo todo.” (Américo
Barbosa, na Folha de São Paulo)
|
a) No
mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet.
b) Tanto a internet quanto a mente de Deus, podem ser acessadas, no mundo todo, por qualquer um. |
Condições básicas para interpretar :
a) Conhecimento
Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto),
leitura e prática;
b) Conhecimento
gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico;
OBSERVAÇÃO – na
semântica - significado das
palavras - incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia
e antonimia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros.
c) Capacidade de observação e de síntese e
c) Capacidade de observação e de síntese e
d) Capacidade de
raciocínio.
Interpretar X Compreender
Interpretar
é:
|
Compreender
é:
|
·
Explicar, comentar,
julgar, tirar conclusões, deduzir.
|
·
Intelecção,
entendimento, prestar atenção,
|
Erros de interpretação
É muito comum, mais do que
se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do
contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento
prévio do tema quer pela imaginação.
b) Redução
b) Redução
É o oposto da extrapolação.
Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias,
o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.
c) Contradição
c) Contradição
Não raro, o texto apresenta ideias
contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente,
errando a questão.
OBSERVAÇÃO - Muitos
pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam,
mas em prova de vestibulares, ENEM e concurso qualquer, o que deve ser levado
em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais.
COESÃO - é o emprego de mecanismo de
sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em
outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS),
ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai
dizer e o que já foi dito.
OBSERVAÇÃO – São muitos os
erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo
e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu
antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada
um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao
antecedente.
Os pronomes relativos são
muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros
de coesão. Assim sedo, deve-se levar em consideração que existe um pronome
relativo adequado a cada circunstância, a saber:
·
Que (neutro) – relaciona-se com qualquer
antecedente, mas depende das condições da frase.
·
Qual (neutro) idem anterior.
·
Quem (pessoa).
·
Cujo (posse) – antes dele, aparece o
possuidor e depois, o objeto possuído.
·
Como (modo)
·
Onde (lugar)
·
Quando (tempo)
·
Quanto (montante) Exemplo: Falou tudo QUANTO
queria (correto).
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE,
deveria aparecer o demonstrativo O).
Vícios de linguagem
Há os vícios de linguagem
clássicos (BARBARISMO, SOLECISMO, CACOFONIA); no dia a dia, porém, existem
expressões que são mal empregadas, e, por força desse hábito cometem-se erros
graves como:
·
“ Ele correu risco de vida “, quando a verdade
o risco era de morte.
·
“
Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome oblíquo átono
correto é O.
·
“ No bar: “ME VÊ um café”. Além do erro
de posição do pronome, há o mau uso.
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