sábado, 30 de novembro de 2013

Curso - INTENSIVÂO - de Português pa concurso da UFU - em Uberlândia

  1. Número de aula 10 aulas com duração de 2 horas cada.
  2. As aulas serão totalmente  práticas onde os exercícios serão totalmente resolvidos junto ao aluno - para não deixar dúvidas.
  3.  Os itens a seguir serão discutidos 2 a 2, garantindo assim o estudo de toda a matéria:
 
Capacidades a serem avalidas na prova:
·      Ler, compreender e interpretar textos diversos de diferentes gêneros, redigidos em Língua Portuguesa e produzidos em situações diferentes e sobre temas diferentes.
·      Argumentar e justificar opiniões.
·      Apreender informações não explicitadas, apoiando-se em deduções.
·      Identificar elementos que permitam extrair conclusões não explicitadas no texto.
·      Integrar e sintetizar informações.
·      Identificar elementos que permitam relacionar o texto lido a outro texto ou a outra parte do mesmo texto.
·      Identificar informações pontuais no texto.
·      Identificar e corrigir, em um texto dado, determinadas inadequações em relação à língua padrão.
·       Inferir o sentido de palavras a partir do contexto.
·       Identificar objetivos discursivos do texto (informar ou defender uma opinião, estabelecer contato, promover polêmica, humor, etc.).
·      Identificar as diferentes partes constitutivas de um texto.
·       Reconhecer e identificar a estrutura dos gêneros oficiais.
·      Estabelecer relações entre os diversos segmentos do próprio texto e entre textos diferentes.
·       Estabelecer articulação entre informações textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e inferências (semânticas, pragmáticas) autorizadas pelo texto, para dar conta de ambiguidades, ironias e opiniões do autor.
·      Reconhecer marcas linguísticas necessárias à compreensão do texto (mecanismos anafóricos e dêiticos, operadores lógicos e argumentativos, marcadores de sequenciação do texto, marcadores temporais, formas de indeterminação do agente).
·      Reconhecer e avaliar, em textos dados, as classes de palavras como mecanismos de coesão e coerência textual.
·       Reconhecer os recursos linguísticos que concorrem para o emprego da língua em diferentes funções, especialmente no que se refere ao uso dos pronomes, dos modos e tempos verbais e ao uso das vozes verbais.
·       Reconhecer a importância da organização gráfica e diagramação para a coesão e coerência de um texto.
·       Identificar e empregar recursos linguísticos próprios da língua escrita formal: pontuação, ortografia.
 
Início das aulas: 05 de dezembro
Turmas de apenas 10 alunos
Para informações ligue:
9149 2401/3224 5586/9161 9011
 

 

Curso de gramática para Concurso UFU - Uberlândia


Curso - Redação Oficial _ Concursos - Uberlândia



quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Para interpretar bem um texto...

Interpretar textos exige por parte do leitor uma tarefa semelhante a dos detetives: por meio de pequenas pistas é possível reconstituir as cincurstâncias em que um crime ocorreu. Dessa forma, o leitor precisa investigar o texto: estar atento aos detalhes e à linguagem utilizada, identificar marcas que podem revelar, por exemplo, dados sobre a época e o lugar em que foi escrito, bem como a intenção e o estilo do autor. Assim, podemos extrair aos poucos sentidos possíveis do texto, desvendando elementos que, em geral, não são tão explícitos.
Um texto pode ser visto como uma unidade cujo sentido é alcançado por partes menores – ideias, palavras, sentenças e imagens. Mas não pense que nessa relação basta combinar ideias, palavras e sentenças aleatoriamente! Existe um conjunto de fatores que garante sentido a uma texto:
Coesão: é a articulação dos elementos linguísticos (palavras, sentenças, expressões).
Coerência: é responsável pela articulação das ideias (não confundir com coesão!) em um todo harmônico e organizado.
Esses dois são os mais importantes, mas há outros:
Intencionalidade: todo texto possui uma finalidade, ou seja, uma intenção. Muitas questões de prova perguntam justamente isso.
Informatividade: os dados e informações presentes no texto devem ser relevantes e pertinentes.
Intertextualidade: quando há referência a outros textos ou outras obras. Às vezes, muitos temas se repetem.
Situacionalidade: todo texto é produzido por um sujeito que interage com outro, em um tempo e espaço determinados. Por isso, a linguagem utilizada deve adequar-se à situação.
Aceitabilidade: os textos são produzidos levando em consideração uma imagem prévia do receptor, suas expectativas, suas características, seus pontos de vistas etc.
Fique atento:
Todos esses fatores são levados em consideração tanto na interpretação de textos quanto na produção de textos, isto é, na redação. Nas provas, 99% das questões de interpretação de textos se baseiam nesses elementos, que devem ser analisados ao se ler um texto.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Curso de Português para concurso público - Uberlândia


Você já deve ter notado que para passar, é preciso descobrir artimanhas, segredos, artifícios que vão te ajudar a acertar as questões de português.

Ler com influência, escrever com competência! Ampliar o seu campo vocabular são imprescindíveis para a sua aprovação em um concurso público.

Estudar a gramática - dividida por assunto - sem decoreba.

Aprender procedimentos facilitadores da produção de texto.


 Didática inovadora.

Apenas seis alunos por turma.
Excelentes professores.
30 horas divididas em 15 aulas de 2 horas cada.
 - pertinho da Agência central dos correios.

Contato:
(34) 9149 24 01/ 3086 9696

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Algumas orientações sobre a obra: Vidas secas - Graciliano Ramos

 
Movimento literário:Modernismo (2ª geração/1930-1945).
 
Características: Seco e econômico. O autor usa poucas palavras, e palavras exatas. A adjetivação farta, os ornamentos linguísticos, a expressão rara, etc. cedem lugar a uma redação concisa. As frases são curtas, diretas e nos remetem apenas ao essencial, ao "concreto" descrito nas cenas. Por meio de seu estilo e vocabulário, Graciliano Ramos ambienta seu livro no mundo desolador das secas, que, em muitas passagens, remete o leitor às características do Naturalismo. Vidas secas é o último romance de Graciliano Ramos e a única experiência do autor com foco narrativo em terceira pessoa. A obra é construída em forma de espiral, cujo início fechado ("Mudança", cap. I) abre-se no final, com o último capítulo ("Fuga") conduzindo as personagens para um destino inusitado, mas que mantém o elo da desdita, da miséria, da fome e da pobreza. Entre os dois capítulos-limite são constituídos 11 quadros, que, aparentemente, nada têm em comum a não ser os personagens e a paisagem. Um tênue fio narrativo faz o leitor conhecer a história de uma família de retirantes nordestinos que foge da seca, encontra período de passageira estabilidade e parte novamente em retirada, quando as chuvas deixam de cair, prenunciando novo período de seca. A economia (de estilo, de linguagem, de vida e de cenário) pode ser destacada como característica básica do volume.
 
Personagens:
  • Fabiano: homem rude, de pouco falar. Assusta-se com o desconhecido, é desconfiado e manipulado pelos poderosos. Identifica-se com os bichos, o que denuncia a condição subumana a que está confinado. Seu modo de ser e de viver muitas vezes aproxima-o do modo de ser e viver de um animal, no processo conhecido como zoomorfização.
  • Sinha Vitória: versão feminina de Fabiano. Seu sonho é ter uma cama de couro, igual à de seu Tomás da bolandeira.
  • Os meninos: referidos como "o menino mais novo" e "o menino mais velho", não recebem nomes. O texto deixa entender que os garotos perpetuarão o mesmo tipo de vida dos pais, compondo um círculo vicioso.
  • Baleia: a cadela é a personagem que mais se assemelha a um "ser humano". É solidária, atenciosa e amiga. Baleia é o elemento que confere humanidade ao grupo, sendo exemplo de antropomorfização.
  • Soldado amarelo: símbolo do poder autoritário, que subjuga Fabiano e todos aqueles que como ele vivem.

Algumas orientações sobre a obra:A cidade e as serras Autor: Eça de Queirós

 
Movimento literário:Realismo (Portugal)
 
Características: Linguagem correta, perfeita, com extremo domínio do léxico. O estilo flui sem interrupções, preciso, contínuo e maleável. O volume é vazado dosando a ironia, a irreverência e a sensatez. Narrado em 1ª pessoa por José Fernandes, personagem de segundo plano; bom observador, ouve com atenção as opiniões e acata a supremacia do protagonista Jacinto. Cenário: os círculos mais abastados de Paris e as serras de Tormes, em Portugal, no final do século XIX.
 
Personagens:
  • Jacinto: personagem central da obra. Por seu berço abastado, por sua boa sorte e boa saúde era conhecido como "Príncipe da Grã-Ventura". Acreditando que o homem só é "superiormente feliz quando é superiormente civilizado", reúne, em sua residência de Paris, aquilo que a tecnologia, os avanços da ciência, a cultura e a riqueza podem dar. Suas investidas e sua enorme cultura o fazem passar da mais completa euforia (deslumbramento) ao maior pessimismo (cansaço da civilização). Reconcilia- se com a vida ao desembarcar em Tormes e defrontar-se com a beleza da natureza. Uma pequena nuvem embaça a vivência de Jacinto em Tormes, quando descobre a pobreza dos camponeses de suas terras, esforçando-se para lhes oferecer melhores condições de vida. Casa-se com Joaninha, que lhe dá dois saudáveis filhos, fazendo-o esquecer-se definitivamente de Paris.
  • José Fernandes: é amigo do protagonista. De origem fidalga, foi expulso de Coimbra, sendo mandado pelo tio a Paris para estudos. Acamaradou-se com Jacinto, tornando-se atento observador das transformações por que passa a personagem. Na volta de alguns anos em Portugal, após a morte do tio e protetor, envolve-se em uma aventura amorosa com Madame Colombe, que lhe furta joias e ouro. Constata a descrença e o pessimismo de Jacinto e o acompanha a Tormes, em Portugal. Após a conversão do amigo, José Fernandes retorna a Paris e, já não vendo encanto na cidade, resolve regressar definitivamente à sua terra.

  • Outras personagens: na linhagem familiar do protagonista, tem-se o avô Jacinto Galeão, miguelista extremado, que se refugiou em Paris quando da derrota de D. Miguel; e há o pai Cintinho, homem de pouca saúde que não conheceu o filho. O círculo de Jacinto em Paris é composto peIos elementos da aIta roda, personagens caricaturescas sempre apontadas por suas veleidades, como as da mundana Madame d'Oriol, as do grã-duque Casimiro e as do banqueiro judeu Efraim, representantes da burguesia que fazem do progresso uma fonte de lucro a gerar a desigualdade social. Dotado de inegável capacidade filosofante, está o criado GriIo. Do lado oposto, estão os representantes da serra, a nobreza rural e os trabalhadores braçais miseráveis que são focalizados para acirrar os contrastes.

Enredo: Na primeira parte, o narrador faz um retrato de Paris, centro do progresso e da civilização que se, a um tempo, constrói a grandeza, a outro, destrói a individualidade humana e marginaliza os menos privilegiados. Jacinto resolve partir para as serras, tendo como pretexto a reconstrução de sua propriedade. Embarca os trastes do progresso, mas perde sua bagagem, chegando a Tormes só com a roupa do corpo. Eufórico com a vida no campo, gradativamente assimila os valores da natureza, embora, em contato com a miséria, procure reformar e remodelar a estrutura rural arcaica de Portugal.

Algumas orientações sobre a obra: O cortiço.

 
Movimento literário:Naturalismo.
 
Características: Linguagem correta e culta, com frases bem-talhadas e precisas, mesclada com o registro fiel da oralidade em diálogos que retratam os falares do povo. Outro traço marcante é o emprego de sinestesias, bem como o largo uso de metáforas e imagens que associam os homens a animais (zoomorfismo). Narrado em 3ª pessoa. Narrador onisciente e, por vezes, parcial. Ele força as tintas na denúncia da vida parasitária, viciosa e torpe das camadas abastadas; já as camadas populares - e sofredoras - são expostas com flagrantes de simpatia e vivacidade, mas sempre cumprindo a tese de que o meio determina o homem. Cenário: Rio de Janeiro, no século XIX. É a época do desenvolvimento da cidade grande, que, ao crescer, recebe um imenso contingente de trabalhadores pobres e paupérrimos. O cenário, esquematicamente, pode ser visto como ponto (espaço do cortiço, de João Romão) e contraponto (espaço do sobrado, de Miranda). É do embate inevitável desses dois meios contíguos que irão despontar os dramas, as humilhações, a ganância, a inveja, as misérias e toda a degradação humana e moral das personagens.
 
Personagens:
  • O cortiço: a rigor, não constitui um personagem, e sim um ente abstrato. No contexto da obra, todavia, o cortiço é delineado de uma forma orgânica e viva; ele é um grande organismo, cujas células são os moradores que nele habitam. Com efeito, as mudanças psicológicas dos moradores se traduzem em mudanças físicas do cortiço, e vice-versa.

  • João Romão: é o elemento-chave da narrativa. O português é o exemplo acabado da ganância, avareza e mau-caráter. Fisicamente, é baixo, desleixado, malvestido; humanamente, é o retrato perfeito da abjeção e chega a ser repulsivo. Sua ânsia por rivalizar e vencer Miranda leva-o a um comportamento doentio, no qual o roubo, a exploração e a falsificação são condutas normais. Chega a comer restos de comida para economizar e, assim, enriquecer. Conforme ascende socialmente, vai se transformando: veste-se melhor, compra móveis e utensílios, escova os dentes, etc. O compromisso de ascensão social surge com o casamento arranjado com Zulmira, a filha do comendador Miranda.

  • Miranda: o grande êmulo de João Romão. Português de origem humilde, ex-caixeiro que enriqueceu ao se casar com Dona Estela; vive um matrimônio de aparências e de ódio. Suspeita de adultério da esposa. Guarda um título de nobreza e mora num sobrado luxuoso. Leva a vida mundana da alta sociedade e é, em tudo, invejado e copiado por João Romão.

  • Bertoleza: escrava que vendia peixes na quitanda. Torna-se empregada e amante de João Romão, que mente para ela, alegando ter comprado sua alforria. No final da trama, com João Romão já rico, ele irá descartá-la, entregando-a para o antigo senhor. Revoltada e humilhada, Bertoleza se suicida com a faca que fatiava peixe.

  • Rita Baiana: mulata insinuante, sensual, desperta uma tara em Jerônimo, que a deseja como um animal no cio. Cheio de luxúria e cobiça, Jerônimo manda matar, a pauladas, o namorado de Rita, Firmo.

  • Firmo: mais que namorado de Rita Baiana, Firmo simboliza o cortiço rival e vizinho, o "Cabeça de Gato", que vai se deteriorando progressivamente, na mesma medida em que o cortiço de João Romão ganha força e cresce.

  • Jerônimo: português, adotado como símbolo de uma tese determinista - a da influência do meio. De homem íntegro e laborioso, Jerônimo vai se "abrasileirando", e se faz malandro, lascivo e rude. Foge com Rita Baiana, deixando a mulher à míngua, que também se deteriora e perde-se na promiscuidade.

  • Pombinha: a menina mantém uma relação homossexual com a prostituta Léoni. A primeira menstruação é a linha divisória da vida de Pombinha, vista daí em diante como mulher. Pombinha passa de símbolo da inocência e meiguice para desregrada e decaída.

  • Albino: tipifica o elemento homossexual, que vive entre as mulheres.

  • Bruxa: figura importante, pois ateará fogo ao cortiço, permitindo sua reforma e posterior melhoria de clientela.

Enredo: o enredo é bastant
e simples. João Romão, pequeno comerciante, desvia o dinheiro da negra Bertoleza, destinado à sua carta de alforria, e, com ele e algumas poucas economias, constrói um armazém e algumas casas populares (barracos) para aluguel. Numa dinâmica capitalista, reinveste o lucro dos aluguéis no próprio negócio e, às custas de economia sobre economia, sacrifício pessoal e descarado roubo, vai erguendo um pequeno império, que compreende os barracos, uma pedreira e a sua venda. À margem do enriquecimento de João Romão, desenrolam-se os dramas pessoais dos moradores do cortiço, que se veem continuamente endividados e presos à usura do comerciante. Com o tempo, João Romão atinge o status pretendido, ingressando na vida fútil da fina sociedade. O cortiço, paralelamente, se desfaz (pelo incêndio) e se refaz como fênix, tornando-se agora moradia de gente mediana, de melhor situação social e econômica.

Algumas orientações sobre a obra: Memórias póstumas de Bás Cubas

A literatura aborda ações poéticas, movimentos históricos, arte e obras literárias
 
 
Movimento literário:Realismo.
 
Características: Linguagem clara, precisa, enxuta. Exploração do aspecto psicológico. Capítulos curtos, digressões com finalidade argumentativa, reflexiva ou explicativa. Constantes interferências do narrador por meio de comentários/diálogos dirigidos ao leitor. Ironia, pessimismo, humor. Narrado em 1ª pessoa, Brás Cubas. Narrador onisciente, já morto. Analítico, cético. Cenário: Rio de Janeiro, século XIX, camadas mais privilegiadas.
 
Personagens:
  • Brás Cubas: personagem-narrador. Apresenta-se como morto que pretende analisar sua vida e a sociedade que o cerca, e, por meio disso, registra a hipocrisia das instituições burguesas. Sua forma de ver o mundo permite a escrita de um romance de memórias em que sobressaem símbolos e metáforas com as quais coloca a volubilidade perante o mundo e a inefabilidade em relação a outros personagens.
  • Marcela: prostituta espanhola, conhecedora profunda da arte de seduzir. Primeira experiência amorosa do narrador, que durou "onze meses e vinte contos de réis".
  • Virgília: filha do conselheiro Dutra, jovem sedutora que encantou Brás Cubas. Ambiciosa, trocou o narrador- -personagem por Lobo Neves, que lhe prometera um título de nobreza. Tornou- se amante de Brás Cubas.
  • Eugênia: filha ilegítima de D. Euzébia e Vilaça, por isso chamada de "flor da moita". Coxa de nascença. Brás Cubas teve um breve namoro com ela tão logo retornou da Europa.
  • Quincas Borba: filósofo fundador de uma teoria filosófica chamada Humanitismo, que pode ser resumida na máxima "Ao vencedor as batatas". Colega de escola do narrador, torna-se mendigo e rouba o relógio de Brás Cubas. Herda enorme fortuna e aproxima-se do antigo colega. Morre louco após queimar todos os seus manuscritos.
  • D. Plácida: viúva e antiga ama de Virgília. Acoberta as relações ilícitas de Brás Cubas com Virgília mediante pequeno pecúnio.
  • Outros personagens: Sabina (irmã de Brás Cubas), casada com Cotrim. Arranja um casamento para o irmão com Nhá Loló, que não chegou a ser consumado pois a jovem faleceu. O pai de Brás Cubas interfere no relacionamento com Marcela, manda o filho para Europa e arranja seu relacionamento com Virgília, visando colocá-lo na política.~

Enredo: Romance datado de 1881, torna- se um divisor de águas na obra de Machado de Assis e na literatura brasileira. Antes dele, o Romantismo; depois, o Realismo. Escrito em primeira pessoa por um defunto autor, isto é, por um morto que se propõe a repassar sua vida escrevendo suas memórias.Paradoxalmente, Brás Cubas morreu perseguindo a imortalidade. Ao idealizar um emplasto que levaria seu nome, contrai uma pneumonia e falece com pouco mais de sessenta anos. Após revelar algumas características de sua morte e dos momentos finais da vida, o narrador- personagem dá um salto e volta à infância, revela suas origens familiares, relata o caso amoroso com a prostituta espanhola Marcela, que o amou por "quinze meses e onze contos de réis", narra sua paixão por Eugênia, a quem abandona por ser coxa e, finalmente, revela seus amores adúlteros por Virgília, esposa de Lobo Neves. Brás Cubas é um hábil observador e revela as hipocrisias da sociedade em que vive, sempre tingindo a realidade com boa dose de humor e ironia. Destaca-se ainda no livro o reencontro com o filósofo Quincas Borba, autor de uma saborosa doutrina filosófica - o Humanitismo - sintetizada na máxima "ao vencedor as batatas". O estilo de Machado de Assis é único. Em linguagem concisa e precisa, procura dar vazão a seu dom de observar com olhos críticos a sociedade mais abastada do Rio de Janeiro, bem como a alma humana e suas fraquezas. A segunda metade do século XIX é retratada por meio das relações humanas e sociais, tingidas com as marcas machadianas por excelência: pessimismo, ironia e humor. Destacam-se capítulos que são verdadeiras joias do romance brasileiro, entre eles, "O velho diálogo de Adão e Eva", "Das negativas", "O delírio" e "O que escapou a Aristóteles", sem esquecer a irônica e bem-humorada dedicatória feita ao verme que primeiro roeu suas frias carnes.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

CURSO PORTUGUÊS - PARA CONCURSOS - GRAMÁTICA, TEXTO, REDAÇÃO OFICIAL E DISCURSIVA - EM UBERLÂNDIA.

Estudando para um concurso público?

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QUESTÕES SOBRE A OBRA MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS:




PARA VOCÊ ESTUDAR APÓS A LEITURA DA OBRA.

...Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil.
              — Desta vez, disse ele, vais para a Europa; vais cursar uma Universidade, provavelmente Coimbra; quero-te para homem sério e não para arruador e gatuno. E como eu fizesse um gesto de espanto: — Gatuno, sim senhor; não é outra coisa um filho que me faz isto...
              Sacou da algibeira os meus títulos de dívida, já resgatados por ele, e sacudiu-mos na cara. — Vês, peralta? é assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Pensas que eu e meus avós ganhamos o dinheiro em casas de jogo ou a vadiar pelas ruas? Pelintra! Desta vez ou tomas juízo, ou ficas sem coisa nenhuma.
               Estava furioso, mas de um furor temperado e curto. Eu ouvi-o calado, e nada opus à ordem da viagem, como de outras vezes fizera; ruminava a ideia de levar Marcela comigo. Fui ter com ela; expus-lhe a crise e fiz-lhe a proposta. Marcela ouviu-me com os olhos no ar, sem responder logo; como insistisse, disse-me que ficava, que não podia ir para a Europa.
               — Por que não?
               — Não posso, disse ela com ar dolente; não posso ir respirar aqueles ares, enquanto me lembrar de meu pobre pai, morto por Napoleão...
              — Qual deles: o hortelão ou o advogado?

            Machado de Assis – Memórias Póstumas de Brás Cubas – p, - Ed. Ftd

01- O fragmento apresenta a inversão do conceito romântico de amor. Explique o que move Marcela a amar Brás Cubas:

R: O amor inverte-se por meio de conceitos, nada morais, que Machado de Assisi contrói seus personagens: Marcela não ama Brás pelo o que ele é, mas sim pelo o que ele tem. É através de presentes ganhos que faz com Marcela busque o interesse por Brás. Quinze meses é o quanto Brás pôde durar esse amor, no caso onze contos de réis.

02- Comente o que diferencia Brás do herói romântico:

R: Brás Cubas é, como o próprio pai diz, um gatuno. Vadio, que vive a gastar a fortuna da família em excesso. Brás Cubas é um verdadeiro “bom vivant”, alterna ironia e amargura, melancolia e bom-humor, sem perder a leveza. A diferença entre Brás e o herói romântico, é que o último é retratado por meio de sentimentos de solidão, tristeza e desilusão que, quando ligados a conflitos amorosos, tendem a resultar em situações de grande tragicidade, tal qual suicídios, exílios etc.

03- A reação do pai de Brás Cubas representa uma punição ou um prêmio? Justifique:

R: “Vais para a Europa. Vais cursar uma universidade...” significaria um prêmio para qualquer pobre mortal, no entanto, o prêmio cai como um castigo para Brás, que terá de se ver distante do amor de Marcela e da vida boêmia que levava em vida.

04- Marcela, em relação á proposta de Brás para acompanhá-lo à Europa, revela  sinceridade ou ironia? Justifique:

R: Marcela trata com ironia o pedido de Brás de que ela o acompanhe a Europa. Marcela não possui interesse algum de ir com ele, tendo em vista sua vida de “ganhos” no Rio de Janeiro. No entanto, mesmo irônica, há traços de sinceridade na resposta de Marcela, ressaltando que ela nada quer com Brás, a não ser suas posses materiais.

05- É possível reconhecer a condição social e econômica de Brás Cubas no fragmento. Ela corresponde ao mesmo padrão do herói romântico? Justifique:

R: O herói romântico está associado, no Realismo, a trabalhadores e pessoas simples que carregam todos os problemas do cotidiano que passam pelos humildes. Brás Cubas, no entanto, é um total anti-herói romântico, que, mesmo com todo seu amor, não se mantém sem a sua paixão pela vida materialista.

                                      Das Negativas

         Entre a morte do Quincas Borba e a minha, mediaram os sucessos narrados na primeira parte do livro. O principal deles foi a invenção do emplasto Brás Cubas, que morreu comigo, por causa da moléstia que apanhei. Divino emplasto, tu me darias o primeiro lugar entre os homens, acima da ciência e da riqueza, porque eras a genuína e direta inspiração do céu. O acaso determinou o contrário; e ai vos ficais eternamente hipocondríacos.
         Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de Dona Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra, e conseguintemente que sai quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: - Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.

Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis – p. 145

01-      O primeiro parágrafo refere-se aos sucessos do personagem. A conclusão confirma ou nega os sucessos? Justifique:
R: Brás Cubas fracassa na sua tentativa de inventar o emplasto. O que seria a sua salvação acaba por se tornar a causa da sua morte. Apresentado como um medicamento cravado de motivos nobres, o emplasto não passa de um capricho particular de Brás, que desejava ver seu nome impresso nos jornais.

02-      Explique o sentido da frase: - Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria:

R: Para Brás, o capítulo de negativas termina com um pequeno saldo, que é não colocar mais um ser humano nessa vida, tendo em vista o mundo mesquinho e cruel visto pelos olhos do personagem. Não ter tido filho algum, salvou-o das misérias do ser humano.


03-      Comente a reação de Brás Cubas diante de sua sucessão de fracassos:

R: Brás Cubas, apesar de todas as negativas descritas acerca da sua vida, de onde a sua vida chegou no fim, mostra-se positivo. Ele realça que apesar dos pesares, não foi de todo ruim. Mesmo não tendo conquistado a celebridade, não ter se casado e nem sido ministro, não viveu sempre à mercê da miséria. O lado positivo descrito por ele, ironicamente, ressalta a vida com uma boa fortuna. Ao final, saiu quite com a vida: não teve tudo o que queria, mas também não perdeu tudo o que possuía.

04-       A visão de Brás Cubas sobre as realizações pessoais é idealista ou realista? Justifique:

R: Brás Cubas é um narrador realístico, que permite-nos, à medida em que desvendamos suas ironias, desvendá-lo por meio de suas zombarias, enxergando-o como um personagem contraditório e imperfeito. O realismo peculiar sobre suas realizações é uma busca do real indo além das aparências.

05-      Relacione a frase a seguir ao contexto social e econômico do autor: Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto:

R: Brás deixa claro que, mesmo sob todas as adversidades que coube a ele ter em vida, ainda assim não precisou passar pelo suor do trabalho. O contexto conflituoso de Brás é uma representação literária da sociedade da época. Machado de Assis, realista, trabalhou o tema social de forma a diferenciar-se dos seus contemporâneos, aprofundando-se na análise interior do homem, desvendando sua fragilidade existencial consigo mesmo e com os outros homens da sua época.


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Curso completo: Português para concursos – com bônus de Redação - em Uberlândia - Aulas particulares

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