quinta-feira, 2 de maio de 2013

Vícios de linguagem: você precisa se livrar deles!

 
São chamados vícios de linguagem os fenômenos linguísticos que se desviam da norma-culta padrão, muito comum na língua falada, mas inconscientemente levados ao registro escrito. Esses vícios são classificados em:

1.  Ambiguidade

Fenômeno que dá margem a mais de uma interpretação, pela maneira como se organizou a estrutura textual. Nesse caso, o leitor não sabe, ao certo, o teor da mensagem, por não existir clareza na comunicação.

Veja os exemplos:

A cachorra da minha sogra não sai de casa.

Possibilidades de entendimento:

a)  A sogra tem uma cachorra que não sai de casa

b)  Alguém chama a sogra de cachorra e diz que ela não sai de casa.

Luiz pediu para Guilherme trazer o seu terno.

Possibilidades de entendimento:

a)  Luiz pediu para Guilherme trazer o terno de Luiz.

b)  Luiz pediu para Guilherme trazer o terno de Guilherme.

 

2.  Cacófato ou cacofonia:

Indica uma formação sonora desagradável, com palavrões ou repetição excessiva de uma estrutura fonética. 


Veja os exemplos:

o    Por cada;

o    Boca dela;

o    Vou-me já;

o    Vi-a;

o    Uma mão;

o    Ela tinha;

o    Confisca gado;

o    Vi ela;

o    Como as concebo;

o    Moça fada;

o    Essa fada;

o    Havia dado;

o    Por ter me tido;

o    Diz puta;

o    Ela havia dado um beijo;

o    Diz graça;

o    Tudo aquilo que abunda sobra.

o    Sempre saio só no sábado.

o    Amar ela é meu destino.

 

3.  Solecismo:

Compreende qualquer falha de natureza sintática: concordância, regência, falta de sequencia lógica. 


Veja os exemplos:

 

Responda ela no telefone. (Responda-lhe ao telefone)
Todas as coisas é muito relativas. (...são muito relativas)
Haviam trezentas pessoas no evento (Havia...)

São meio dia e meio. (meio dia e meia)

 

4.  Redundância ou pleonasmo vicioso:

 

São as repetições desnecessárias, tendo em vista palavras já citadas ou subentendidas, provocando ruído ou entropia ao texto. 

Veja os exemplos:

 

Ganhei um brinde grátis pela assinatura de uma revista.
Eu voltei de novo para ver se o fato era mesmo verdade.

No meu aniversário, tive uma surpresa inesperada.
 
1. Barbarismo :
 
 Consiste em  escrever ou pronunciar palavras em
desacordo com a norma culta.  É também considerado barbarismo o desvio semântico de determinado vocábulo, ou seja, uso inadequado quanto ao seu significado. 
      Os erros de pronúncia são chamados de cacoépia (areoporto, em vez de aeroportohilariedade, em vez de hilaridade)
 
      Quando o erro de pronúncia for por deslocamento da sílaba tônica, chama-se também silabada (rúbrica, em vez de rubrica; íbero, em vez de ibero)
      O erro de grafia – troca de letras, divisão silábica incorreta, etc. –  é chamado de caco grafia (majestoso, em vez de majestosopixe, em vez de piche; tun-gs-tê-ni-o, em vez detungs-tê-nio).

      Também é considerado barbarismo o estrangeirismo, ou seja, o uso indevido de expressões ou frases estrangeiras em nossa língua.  Conforme a procedência dividem-se em francesismos ou galicismos, anglicismos, italianismos, castelhanismos ou espanholismos, etc.
     Veja alguns exemplos:
      a) de galicismoscharge, em vez de caricaturaguardar o leito, em vez de ficar acamadodébâcle, em vez de derrota, fracasso.
 
      b) de anglicismos:  cast, em vez de elenco, conjunto, grupo; speacker, em vez de locutorpedigree; em vez de raça, ascendência, linhagem.
      c) de castelhanismosficcionado, em vez de torcedor, simpatizante, admiradorresultar bom, em vez de tornar-se bom, ficar bom.
      d) de italianismosentrar de sócio, em vez de entrar como sóciorepetir de ano, em vez de repetir o ano.
 
 

 

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