sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Rio+20 e a qualidade de vida do planeta


 


Escreva sua dissertação baseando-se nos textos abaixo:

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, marcou os vinte anos de realização da Rio 92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento). Durante o evento, ocorrido no mês de junho, líderes mundiais discutiram como garantir o desenvolvimento sustentável do planeta. A conferência, porém, foi cercada por protestos e polêmicas. Muitos criticaram a inconsistência dos acordos firmados durante as reuniões, já que vários países, preocupados com a atual crise econômica mundial, esquivaram-se dos compromissos. Diante dessas questões, queremos saber sua opinião sobre essa conferência: que importância teve esse evento para o Brasil e para o mundo? Que metas positivas foram definidas nessa conferência para os próximos anos? Que outros compromissos os países deveriam ter firmado para realmente melhorar a qualidade de vida no planeta? Leia os textos de apoio e elabore uma dissertação argumentativa de até 30 linhas sobre o seguinte tema: Os impactos da Rio+20 sobre a qualidade de vida do planeta.
Veja alguns pontos positivos da Rio+20:
05 pontos positivos se destacaram:
 
Compromisso socioambiental
Não existe desenvolvimento sustentável sem um esforço para a erradicação da pobreza e a proteção ambiental. Esta talvez seja a afirmação mais importante do documento "O Futuro que Queremos".Introduz um novo aspecto, a preocupação com a miséria, numa discussão que anteriormente tinha uma dimensão mais econômica. 

Novos padrões de produção e consumo
O compromisso é repetido diferentes vezes ao longo do documento. A ideia é que os países se comprometem a investir em direção ao desenvolvimento sustentável, estabelecendo melhores padrões até 2020.

Além do PIB
O compromisso é repetido diferentes vezes ao longo do documento. A ideia é que os países se comprometem a investir em direção ao desenvolvimento sustentável, estabelecendo melhores padrões até 2020.

Objetivos do Desenvolvimento Susténtável
Em 2015, acaba o prazo fixado pelas dez "Metas do Milênio"( Erradicar a pobreza extrema e a fome,        Atingir o ensino básico universal,Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres,Reduzir a mortalidade infantil,Melhorar a saúde materna,Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças,Garantir a sustentabilidade ambiental,Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento) propostas pela ONU para promover desenvolvimento ao redor do mundo. Na Rio+20, os países concordaram em adotar, a partir de então, novas metas globais para governos progredirem em indicadores sociais, ambientais e econômicos; serão os ODS. 

Participação da sociedade
Seja dentro da própria conferência oficial, seja na Cúpula dos Povos, houve ampla participação da sociedade civil nas discussões sobre "O Futuro que Queremos". A série de Diálogos foi considera pela presidente Dilma Rousseff uma iniciativa inovadora, ainda que as propostas que saíram dos encontros fosse muito vaga.

Os 05 pontos considerados fracassos  e  acordos que poderiam ser firmados e não foram: 

 Problemas de estrutura
Delegados reclamaram de diversos problemas estruturais da Rio+20. Para chegar ao Riocentro, sede da conferência, perdia-se de 60 a 90 minutos de ônibus. Preços altos assustaram os estrangeiros, que também relataram muitas dificuldades de comunicação com brasileiros por causa da língua. 

Ausência de líderes
A expectativa de que a Rio+20 não apresentaria resultados fortes acabou por esvaziá-la. Os principais líderes mundiais, incluindo os chefes de Estado e governo dos EUA, China, Rússia e da União Europeia, não vieram ao Rio. No dia da conclusão da conferência, a chanceler Angela Merkel apareceu comemorando a vitória da Alemanha sobre a Grécia na Eurocopa.

Direito das mulheres
Assegurada em outras documentos da ONU, a menção ao direitos reprodutivos das mulheres foi excluída da Rio+20 por pressão do Vaticano. Trata-se de um retrocesso significativa na luta das mulheres. A presidente Dilma Rousseff foi cobrada por feministas a respeito deste ponto.  

Financiamento
De todos os espinhos da negociação, este era um dos mais importantes. A criação de um fundo de US$ 30 bilhões, destinado a financiar o desenvolvimento sustentável, foi rejeitado pelos países ricos e ficou de fora do documento final. 

Falta de ambição
Há unanimidade quanto a esta crítica, seja de governantes, seja de ONGs. O Brasil, no comando das negociações, privilegiou o acordo, expurgando do texto os aspectos mais polêmicos, o que resultou numa declaração aquém das expectativas.

Fonte: Uol.com

Economia verde: afinal, de que se trata? 

18 de junho de 2012 


Nas últimas semanas, em função da Rio+20, um dos conceitos mais comentados pelos meios de comunicação é o de economia verde. A experiência mostra que, quando todo mundo fala de um assunto novo, as pessoas provavelmente podem estar falando de coisas diferentes. Podem-se distinguir pelo menos três das principais interpretações que têm sido dadas à economia verde. É possível identificar a primeira interpretação de uma versão mais limitada do que seja a economia verde. Trata-se da tentativa de estender o sistema de preços aos serviços e aos ativos ambientais, mesmo considerando-se que a sua valorização não signifique que esteja transformando-os em mercadorias.


O sistema de preços é considerado um mecanismo tão eficiente, democrático e econômico de resolver os problemas econômicos fundamentais de uma sociedade (o que produzir, como produzir, onde produzir, como produzir e para quem produzir) que acaba por estimular um esforço intelectual muito expressivo para preservar o seu uso nas políticas ambientais. É o caso, por exemplo, de situações em que ocorrem externalidades ambientais (poluição hídrica, avanço da especulação imobiliária sobre os mangues, desmatamento, etc.), quando se procura definir apropriadamente um valor econômico para os recursos ambientais, simulando as condições de mercado para a sua disponibilidade e a sua utilização, a fim de se identificarem as perdas e os danos para a sociedade.

Os mercados funcionam adequadamente na alocação de bens privados, os quais são caracterizados pela exclusividade (quem não desejar pagar o preço de mercado é excluído do seu consumo) e pela rivalidade no consumo (o bem pode ser subdividido, de tal forma que quem consome pode excluir os outros dos seus benefícios). Os bens ambientais tendem a ser não excludentes e divisíveis (exemplo: reservas de águas subterrâneas), excludentes e indivisíveis (exemplo: acesso às áreas fechadas de reservas naturais) ou indivisíveis e não excludentes (exemplos: paisagens cênicas; ar puro). Assim, muitos bens ambientais, por se assemelharem mais a bens públicos (não excludentes, indivisíveis, sem rivalidades) do que a bens privados, não conseguem desenvolver ou simular mercados para avaliações monetárias apropriadas e consistentes. 

Uma segunda concepção de economia verde está ligada ao desenvolvimento de modelos de planejamento econômico-ambiental que incorporam os conceitos de insumos ecológicos, processos ecológicos e produtos ecológicos. Trata-se de uma tentativa de melhor compreender a interdependência entre o sistema ecológico e o sistema econômico. Esses modelos permitem que se analisem, por exemplo, os impactos dos investimentos previstos no PAC sobre a pegada ecológica (relativa às áreas de terra produtiva e aos ecossistemas aquáticos), sobre a pegada de carbono (emissão de gases de efeito estufa) e sobre a pegada hídrica (uso direto e indireto de água). Esbarram, contudo, em enormes dificuldades para obter dados sobre o subsistema ecológico, desde o cálculo de simples coeficientes que relacionem a quantidade de poluentes de diversos tipos emitidos por unidades de produção em cada setor produtivo até informações sobre as características específicas de diferentes processos ecológicos. 

Essas duas concepções de economia verde se situam, contudo, dentro de uma visão tradicional da Ciência Econômica. Na visão tradicional, a economia é vista como um sistema isolado, sem trocas de matéria e energia com o meio ambiente. Nesta visão, muitas vezes, não se vislumbram insumos ecológicos ou produtos ecológicos enquanto se produz (exemplos: captação de água ou emissão de dejetos industriais em uma bacia hidrográfica), enquanto se consome (exemplo: emissão de monóxido de carbono de veículos automotivos) ou enquanto se acumula capital (investimentos) na sociedade.

O ecossistema é considerado apenas como um setor extrativo e de disposição de resíduos da economia. Mesmo que esses serviços se tornem escassos (capacidade de suporte de uma bacia hidrográfica ou limitações de oferta de um recurso natural não renovável relevante), o crescimento econômico pode se manter para sempre porque a tecnologia permite a substituição de capital natural por capital man-made. O único limite ao crescimento, na visão tradicional, é a tecnologia e, desde que se desenvolvam novas tecnologias (produção de etanol ligno-celulósico para o aproveitamento do bagaço da cana ou de resíduos de madeiras, a descoberta de novos materiais, a miniaturização de bens duráveis de consumo, etc.), não há limites para o crescimento econômico.

Por outro lado, a visão contemporânea de desenvolvimento sustentável inclui a economia como um subsistema aberto do ecossistema. Desde que o ecossistema permaneça constante em escala enquanto a economia cresce, é inevitável que, a economia se torne maior em relação ao ecossistema ao longo do tempo, ou seja, a economia torna-se maior em relação ao ecossistema que a contém. O capital natural remanescente passa a ser o fator limitativo do crescimento econômico num ecossistema congestionado (com estresse ou em regime de coma ecológico) onde prevalecem as leis da termodinâmica, a de conservação de matéria e energia e a lei da entropia.

* PROFESSOR DO IBMEC/MG, FOI MINISTRO DO PLANEJAMENTO E DA FAZENDA NO GOVERNO ITAMAR FRANCO 

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,economia-verde-afinal-de-que-se-trata-,887756,0.htm

Enem 2012: Quais as razões para não se tirar nota zero na redação ;

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Algumas dicas para quem ainda tem dúvidas na estrutura da dissertação. Respondendo às seguintes questões você as enxergará no texto.



Faça um resumo onde deverão constar os seguintes itens:
o O que é textualidade?
o O que faz com que o texto tenha progressão e continuidade?
o O que é senso comum?
o O que é informatividade?
o O que é coesão textual? O que é coesão referencial? O que é coesão
sequencial?
o O que é coerência textual?
o Como se estrutura a dissertação argumentativa?
o Como se constrói um parágrafo dissertativo?
o Como se constrói o desenvolvimento dissertativo?
o Como se constrói a conclusão do texto dissertativo? E no Enem?
o Qual é a linguagem apropriada para o texto dissertativa?


“Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer.” Gandhi
Acredite que você é capaz e busque a vitória com todas as suas forças.

A nova família brasileira: estrutura, dificuldades e acertos.





Leia os textos  e as imagens abaixo:

Texto 1

Estruturas familiares

A família assume uma estrutura característica. Por estrutura entende-se, “uma forma de organização ou disposição de um número de componentes que se inter-relacionam de maneira específica e recorrente” (WHALEY e WONG, 1989; p. 21).  

Desse modo, a estrutura familiar compõe-se de um conjunto de indivíduos com condições e em posições, socialmente reconhecidas, e com uma interação regular e recorrente também ela, socialmente aprovada. A família pode então, assumir uma estrutura nuclear ou conjugal, que consiste em duas pessoas adultas (tradicionalmente uma mulher e um homem) e nos seus filhos, biológicos ou adotados, habitando num ambiente familiar comum. A estrutura nuclear tem uma grande capacidade de adaptação, reformulando a sua constituição, quando necessário.

Existem também famílias com uma estrutura de  pais únicos ou monoparental, tratando-se de uma variação da estrutura nuclear tradicional devido a fenômenos sociais, como o  divórcio, óbito, abandono de lar, ilegitimidade ou adoção de crianças por uma só pessoa.

A  família ampliada ou  extensa (também dita  consanguíneo) é uma estrutura mais ampla, que consiste na família nuclear, mais os parentes diretos ou colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para avós, pais e netos.
Para além destas estruturas, existem também as por vezes denominadas de  famílias alternativas, estando entre estas as famílias  comunitárias e as famílias arco-íris, as constituídas por pessoas LGBT - lésbicas, gays, bissexuais ou transgêneros -e os seus filhos.

As  famílias comunitárias, ao contrário dos sistemas familiares tradicionais, onde a total responsabilidade pela criação e educação das crianças se cinge aos pais e à escola, nestas famílias, o papel dos pais é
descentralizado, sendo as crianças da responsabilidade de todos os membros adultos

Texto 2



Texto 3

“Pela primeira vez, lares com formação tradicional deixam de ser maioria no país.”

(Jornal O Globo 26/08/12)
Na esfera legal, tabeliã autorizou a união estável entre um homem e duas mulheres.
Na novela, três mulheres resolvem fazer um contrato  para dividirem as atenções do seu amado.
No Fantástico (26/08), juntaram-se realidade e ficção. Juristas entrevistados, representando o nosso Estado laico, não expõem em suas falas nenhum tipo de sentimento religioso e concluem: a união estável não é casamento e, assim, vale o acordo firmado entre as partes envolvidas.
Não faltarão vozes que gritarão: O fim dos tempos! O fim das famílias!
Mas, na edição de domingo (26/08), do jornal “O Globo”, noticia-se que, no Brasil, a família tradicional (composta por pai, mãe e filho) deixou de ser maioria para outros tipos de famílias.

Texto 4

A nova cara da família brasileira

Em 15 anos, número de casais com filhos caiu 11,2% no país. Relatório mostra que outros arranjos familiares vêm ganhando força.
As famílias brasileiras estão se transformando. Em 15 anos, entre 1992 e 2007, o número de casais com filhos, o estereótipo da família tradicional, caiu 11,2%. A queda foi compensada pelo aumento dos novos arranjos familiares: casais sem filhos, mulheres solteiras, mães com filhos, homens solteiros e pais com filhos. Os dados fazem parte do Relatório de Desenvolvimento Humano 2010, divulgado na terça-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A nova organização familiar, contudo, não se relaciona com o fato de 23% dos brasileiros temerem a violência dentro de casa.
As famílias são apontadas pelos brasileiros como principais responsáveis por ensinar os valores. A passagem desses conceitos, contudo, independe das diversas e dinâmicas estruturas familiares, pois o afeto é um ponto nevrálgico. “O ponto central é a carga de afetividade gerada pela família, que permite aos pais influência, pelo menos inicial, na formação dos valores dos filhos”, diz o estudo.
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Perfis estão nos carros
Virou febre. Nas ruas, se tornou comum ver adesivos colados nos carros como forma de mostrar a organização das famílias brasileiras. Observam-se desde as famílias tradicionais, com pai, mãe e filhos, até os novos arranjos que cresceram nos últimos 15 anos no Brasil, como mães ou pais solteiros que criam os filhos.
A proprietária do sebo Leituras, no Centro de Curitiba, Angelita Gomes Cardoso, afirma que, em geral, famílias tradicionais compram mais adesivos. “É difícil ver só uma mãe comprar o adesivo dela e do filho. O mais comum é levar de todos, até do avô e da avó”, relata.
Por outro lado, Angelita diz que as pessoas que não se encaixam no padrão não demonstram timidez na hora de comprar e usar os adesivos. “Me lembro de uma moça que veio aqui e pegou de uma mulher e de sua filha”, afirma a proprietária do sebo. O fato de os “bonequinhos” serem vendidos separadamente facilita e amplia o mercado do produto. “Está tudo separadinho para facilitar a montagem”, diz Angelita.
Movimento
Há um mês, seis ou sete famílias entravam diariamente no sebo para comprar os adesivos. Atualmente, o movimento diminuiu. “Nós até mudamos a forma de exposição. Antes ficava em pastas, junto com os outros adesivos. Mas, como a procura estava muito grande, nós colocamos em exposição no balcão.”
Segundo Flavio Comim, coordenador do relatório, as famílias reconstituídas vivem, em geral, com pressões adicionais. “Existem novas dificuldades a ser superadas em cada caso, como por exemplo a gravidez precoce”, afirma. No entanto, o fato de uma criança ser criada sem a presença dos pais não implica em dificuldade para transmissão dos valores. “Nossa definição de família é de uma rede de cuidados e de afeto. Se não houver isso, não adianta ser criado por pai e mãe ao lado dos irmãos”, diz.
Para a mestre em Psicologia da Infância e da Adolescência Vera Regina Miranda, outra palavra-chave determina a passagem de valores: limite. “São dois pontos importantes para o desenvolvimento e a estruturação da personalidade. O limite auxilia na socialização, e o afeto dá estrutura”, comenta. Conciliar esses aspectos é fundamental, independentemente do tipo de família.
O psicanalista e professor de Psicologia Leonardo Ferrari afirma que, embora seja positivo receber afeto, não se pode generalizar. “Quando se analisa o ser humano, vê-se mais de perto as particularidades de cada um”, diz. “Funda-mental é saber como cada um vai transformar o afeto que recebe.”
A auxiliar de serviços gerais Marisa Cosmo do Nascimento, 33 anos, cria sozinha as duas filhas, de 7 e 10 anos, desde o nascimento da caçula. “Ele disse que não teria condições de criar outra filha. Tive de escolher entre meu casamento e as minhas filhas”, conta. “Conheço famílias com pai e mãe que não são estruturadas como a minha.” Para isso, ela tem o apoio de outros membros da família. “Minhas filhas são muito apegadas ao meu irmão e ao padrinho. Buscam uma figura masculina, que corresponde ao amor delas”, diz.
As novas famílias integram a realidade brasileira de tal modo que a nova Lei de Adoção já valoriza o conceito de família estendida. A criação por avós maternos e paternos, tios e tias ou duplas de homossexuais já é aceita. “O mais importante é valorizar quem dá carinho”, diz Ariel de Castro Alves, membro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Mais uma dica de possível tema para o ENEM: Planeta Terra: 7 bilhões de pessoas?






Muitos têm se perguntado se o mundo está preparado para abarcar 7 bilhões de habitantes. Quanto a essa questão os especialistas são unânimes, ao afirmar que a única solução para nossos herdeiros chegarem ao final do século XXI a bordo de um planeta minimamente saudável reside na combinação de educação, uso inteligente de nossas riquezas e planejamento. Afinal, algumas estimativas apontam que o número de habitantes em 2100 chegue a impressionantes 15 bilhões. - por Luojie (CHINA)


Read more:http://www.humorpolitico.com.br/mundo/um-mundo-7-bilhoes-de-pessoas/#ixzz2AE3trR4D

PROPOSTA

Em 31/10/2011, nasceu na Índia, em uma família  muito pobre, o sétimo bilionésimo habitante do planeta Terra. Em 1999, na Bósnia, em Visoko, em uma pequena  cidade próxima da capital, nascia outro menino, Adnan  Nevic, o sexto bilionésimo habitante de nosso planeta,  que veio ao mundo entre os escombros provocados pela  Guerra da Bósnia. Portanto, o nascimento de ambos está  separado por 12 anos, exatos um bilhão de habitantes.
Para a  data, os demógrafos do  Population  Reference Bureau, em Washington, previram que o  nascimento da criança aconteceria na Índia porque o país  possui o maior número de nascimentos do planeta por ano: 27 milhões de pessoas.
A criança terá sido recebida pelas dificuldades de  um país onde se sobrevive com menos de 2 dólares por  dia e a água é a maior fonte de doenças e morte.
Como estar preparado para um mundo de 7  bilhões de pessoas? O espectro de Malthus ronda outra  vez a humanidade?


Vamos aos textos: 

Interessantíssimos por sinal!


TEXTO 1

Para quem acredita em projeções demográficas, nasce amanhã o heptabilionésimo habitante da Terra.
Notícias como essa nos fazem pensar em escassez, o que mobiliza o circuito cerebral do medo, provocando uma enxurrada de previsões catastrofistas sobre o futuro do planeta. Thomas Malthus é o mais célebre dos profetas cujos vaticínios nunca se realizaram, mas de maneira alguma o único.

É claro que mais gente significa mais pressão sobre o ambiente, mas daí não decorre que limitar o número de nascimentos seja a melhor forma de lidar com o problema. Há uma corrente de economistas, encabeçada por Julian Simon, que sustenta que quanto mais pessoas no planeta, melhor. A tese é polêmica e contraintuitiva, mas vem acompanhada de argumentos ponderáveis. Ao longo dos últimos  dois séculos, a população da Terra disparou e, com ela, o nível de prosperidade. Nunca antes na história, o homem viveu e consumiu tanto. Mesmo assim, os produtos, medidos em horas-trabalho, nunca foram tão baratos. A razão para isso é que, com o saber e a tecnologia acumulados, fazemos muito mais com bem menos.

Para Simon, o que gera a riqueza, em última análise, são ideias. A imaginação humana, diz, é o recurso final e inexaurível. Um item como o cobre até pode acabar. Mas, à medida que ele escasseia, seu preço aumenta, o que leva indivíduos inventivos a desenvolver alternativas. Mais gente no planeta não só aumenta a probabilidade de surgirem novas ideias como ainda cria o mercado de consumidores que faz com que as invenções se paguem. Há outros benefícios, como garantir a viabilidade de sistemas previdenciários. Se o problema é o aquecimento global, faz mais sentido criar uma taxa sobre o carbono e esperar as soluções do que limitar a reprodução. Mesmo que não compremos as teses de Simon pelo valor de face, elas tiveram o mérito de exorcizar os fantasmas neomalthusianos do debate.SCHWARTSMAN, Hélio. Quanto mais gente, melhor.  Folha de S.Paulo. Opinião, 30 out. 2011.


TEXTO 2

Na verdade, o espectro de Malthus não foi exorcizado  – ao contrário, longe disso. O aumento de know-how não só permitiu obter mais saídas para as mesmas entradas, mas também melhorou nossa capacidade de vasculhar a Terra em busca de mais entradas. Essa primeira revolução industrial começou com a utilização de combustíveis fósseis, particularmente o carvão, através das máquinas a vapor de Watt.

A humanidade estava presa a depósitos geológicos de energia solar primordial, armazenada na forma de carvão, petróleo e gás para atender suas necessidades modernas. Aprendemos a escavar minerais em locais mais profundos, pescar com redes maiores, mudar o curso de rios para formar canais e represas, nos apoderar de mais hábitats de outras espécies e derrubar florestas  com ferramentas mais poderosas para limpar grandes áreas. Inúmeras vezes, não conseguimos mais por menos, mas ao contrário sempre, mais por mais, convertendo ricas histórias de capital natural em altos fluxos de consumo atual.

Boa parte do que chamamos de “lucro” – no sentido lato do valor agregado à atividade econômica – é na verdade uma redução ou uma perda do capital natural. E embora o planejamento familiar e os métodos contraceptivos tenham de fato assegurado um baixo índice de fertilidade em muitas partes do mundo, a taxa de fertilidade geral permanece em 2,6, muito acima da taxa de substituição. A África subsaariana  – região mais pobre do mundo – ainda tem uma taxa geral de fertilidade de 5,1 filhos por mulher, e a população global continua a crescer a uma taxa de cerca de 79 milhões por ano, com o maior aumento nos locais mais pobres. De acordo com previsões de fertilidade média da Divisão de População das Nações Unidas, estamos em vias de atingir 9,2 bilhões de pessoas na metade do século.

Se de fato continuarmos a consumir uma quantidade desmedida de petróleo e tivermos falta de alimentos, se reduzirmos as reservas fósseis de água do subsolo e destruirmos as florestas restantes e devastarmos os oceanos e enchermos a atmosfera com gases do efeito estufa, o que pode provocar descontrole no clima da Terra, com elevação do nível dos oceanos, poderemos estar confirmando a maldição de Malthus, embora tudo isso possa ser evitado. A ideia que knowhow aprimorado e redução voluntária de fertilidade possam sustentar um crescente nível de ganhos para o mundo parece correta, mas somente se futuras tecnologias nos permitirem economizar o capital natural e não apenas encontrar maneiras mais inteligentes de reduzi-lo, de forma mais barata e rápida.

Nas próximas décadas, teremos que migrar para energia solar e energia nuclear segura, uma vez que ambas fornecem, em princípio, energia limpa  – se compararmos com a energia atual  – adequadamente vinculadas a tecnologias aprimoradas e controles sociais.

O know-how terá de ser aplicado a automóveis com alto rendimento (alta quilometragem por litro), agricultura com reaproveitamento da água e edifícios verdes que reduzam fortemente o consumo de energia. Teremos de repensar as dietas modernas e os projetos urbanos para conseguir estilos de vida mais saudáveis que também rejeitem padrões de consumo intensivo de energia. E teremos de ajudar a África e outras regiões a acelerar a transição demográfica para níveis de fertilidade de substituição, a fim de estabilizar a população global em torno de 8 bilhões.

Não há nada, num cenário sustentável como esse, que viole as restrições de recursos ou disponibilidade de energia da Terra. No entanto, ainda não estamos seguindo essa trajetória sustentável, e os sinais do mercado atual não estão  nos conduzindo por esse caminho. Precisamos de novas políticas para movimentar o mercado de forma sustentável – por exemplo, taxando o carbono para reduzir emissões de gases do efeito estufa –e para promover progressos tecnológicos em economia de recursos e não em mineração de recursos. Precisamos de novas políticas que reconheçam a importância de uma estratégia de crescimento sustentável e mobilização global para consegui-la.
Será que Malthus foi derrotado? Depois de dois séculos, realmente ainda ninguém sabe.

SACHS, Jeffrey. A volta do espectro de Malthus.  Scientific American – Brasil. Duetto. Edição 77, out. 2008.


TEXTO 3


Um menino pobre que deve nascer em outubro, em Uttar Pradesh, na Índia, imprimirá um novo marco na história: será o sétimo bilionésimo habitante do planeta. O expresso Terra está lotado, mas é preciso dar  “mais um passinho à frente” para acomodar 9 bilhões  em 2030.

Como vamos fazer isso?

O país é o sétimo mais densamente povoado do mundo e um dos mais ameaçados pelas mudanças climáticas: em um território de 144 mil km2 (equivalente ao do estado do Amapá) vivem 164 milhões de pessoas.Se o gênio da lâmpada de Aladim aparecesse para o economista carioca Sérgio Besserman Vianna, presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura do Rio de Janeiro, e concedesse a realização de um desejo em prol da sustentabilidade do planeta – um apenas –, o pedido seria o seguinte: “Acesso à informação e ao conhecimento sobre planejamento familiar para mulheres. Não há nada mais capaz de mudar o mundo do que a consciência das mulheres sobre o número de filhos que desejam criar”.

Não por acaso, uma mudança global será deflagrada por um filho que deverá nascer em 31 de outubro de 2011, na Índia. Nesse dia, os demógrafos do Population Reference Bureau, em Washington, projetam a chegada de um menino especial, filho de uma família pobre do Estado de Uttar Pradesh: o sétimo bilionésimo habitante do planeta. Todas as estatísticas convergem: o país tem o maior número de nascimentos no mundo – 27 milhões por ano –, a zona rural de Uttar Pradesh é o seu motor demográfico e a incidência natural de nascimentos por sexo, na região, favorece os meninos. Em 2018, a Índia deterá o controvertido título de país mais populoso do mundo, à frente da China.

Não haverá uma estrela guia no céu para anunciar a importância simbólica desse nascimento. A ultrapassagem do limiar de 7 bilhões vem sendo aguardada com expectativa por todos os demógrafos que já leram as previsões de Thomas Malthus (1766-1834), o economista britânico que, no fim do século XVIII, advertiu que o crescimento exponencial da população mundial não poderia ser sustentado pelo crescimento aritmético da produção de alimentos  – lançando a ameaça de uma grande crise de abastecimento à frente.
Graças a Malthus, a economia ganhou a alcunha de  “ciência lúgubre” (dismal science) e o público logo se acostumou com previsões furadas. O genial Malthus errou feio ao subestimar o poder da inovação tecnológica que expandiu a produção de maneira inimaginável. Mas acertou ao sugerir que o mundo não é elástico.

O planeta não dispõe de recursos infinitos para sustentar um crescimento ilimitado. Jogar essa carga de insustentabilidade nas costas da inventividade humana também é arriscado, sobretudo quando a população aumenta 80 milhões a cada ano.

A noção de limite sugerida por Malthus  – ou “capacidade de suporte”, em linguagem moderna – levou outro economista britânico, Kenneth Boulding (1910-1993), 100 anos depois, a comparar a Terra não a um trem, mas a  “uma  astronave com recursos limitados, rodando em torno do Sol”, e a ironizar:  “Quem acredita que o crescimento exponencial pode durar para sempre num mundo finito é louco ou economista”.


ARNT, Ricardo. 7 bilhões: expresso Terra lotado Revista Planeta <www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/465/artigo221013-6.htm>.


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Lista de filmes

Gosta de bons filmes?
Assista aos que contribuem para a sua formação e podem melhorar   inclusive a sua argumentação na produção de textos.



Veja a lista:


HOLOCAUSTO NAZISTA

A vida é Bela!

O pianista

O refúgio secreto

O diário de Anne Frank

A lista de Schindler

GUERRAS

Valsa com Bashir

Guerra ao terror

Procedimento operacional padrão

Syriana

Corações e mentes


TRÁFICO DE DROGAS e temas afins

Gomorra

Falcão meninos do tráfico

Cidade de Deus


DITADURAS

Machuca

O ano em que meus pais saíram de férias

Adeus, Lênin!

Caramelo

O que é isto, companheiro?

A vida dos outros

Arquitetura da Destruição

Uma Amizade sem Fronteira

O Jardineiro Fiel


POLÍTICA e SEGREGAÇÃO

Boa noite e boa sorte

Entre os muros da escola

Neste mundo

Lula, o filho do Brasil

Invictus

Distrito 9

Terra vermelha

Xingu

Nós que aqui estamos por vós esperamos

O equilibrista

A invenção do Brasil

Diários de motocicleta

O homem que copiava

Tropa de elite

Tropa de elite 2

Todos os homens do presidente

O Suspeito

Maria Antonieta

Meia noite em Paris

Leões e Cordeiros


ÉTICA E JUSTIÇA

Sobre meninos e Lobos

Os sonhadores

Milk

MÍDIA

O show de Truman

Encontro marcado com o cinema

Quem quer ser um milionário?

Medo e delírio

O informante

O povo contra Larry Flint

Verdades que matam

Cidade Kane

Capote

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

DISSERTAÇÃO: LIBERDADE DE EXPRESSÃO (PRISÃO DA BANDA PUSSY RIOT)


 

A liberdade de expressão está comumente associada à busca da verdade, à auto-expressão individual, ao bom funcionamento da democracia e a um equilíbrio entre estabilidade e mudança social. Ela não é necessária apenas para que os cidadãos exerçam as suas capacidades morais de ter um senso de justiça e defender uma concepção do bem. Combinada aos procedimentos políticos estabelecidos constitucionalmente, a livre expressão de ideias aparece como uma alternativa à revolução e ao uso da força, que ameaçam sobremaneira as liberdades básicas.

Sabe-se que as liberdades políticas em geral, e a liberdade de expressão em particular, têm tanto uma dimensão defensiva (contra a intervenção indevida do Estado), quanto uma dimensão protetiva (que requer a intervenção do Estado para ser de fato garantida). A questão que se coloca é saber em que medida devem ser defendidas ou quais seriam os limites dessas duas dimensões. Seria possível a restrição de conteúdos específicos, como discursos de incitação ao ódio, de caráter racista, homofóbico etc., sem se restringir demais a liberdade de expressão? Ou deve-se dar preferência a regulações neutras em relação ao conteúdo?

A impossibilidade, contudo, de julgar neutramente, assim como os limites muitas vezes tênues entre o que é respeitoso ou não às intituições cria disparidades. A mais nova vítima desse problema é a banda Pussy Riot. Três integrantes foram detidas sob a acusação de alimantar o ódio religioso, ao gravarem sua “oração punk” em uma igreja na Rússia. Críticos do presidente Vladimir Putin denunciam, por outro lado, que as jovens são vítimas do totalitarismo do regime russo atual. Na música, elas fazem um protesto político contra o atual presidente. O caso volta a levantar a discussão sobre os limites da liberdade de expressão.

Admitindo-se que as pessoas em geral, e os mais poderosos especialmente, desejam afastar qualquer crítica e evitar a expressão de posições das quais discordam, pode-se ter a impressão de que a regulação de conteúdos pode se tornar um instrumento eficaz para que se impeçam a expressão de críticas e posições contrárias a certas opiniões consideradas em um certo momento politicamente incorretas ou moralmente condenáveis. Uma das presunções contra o controle de conteúdo afirma que ele traz consigo a possibilidade de que se excluam inteiramente certos pontos de vista do mercado de ideias: a regulação de conteúdos representaria uma ameaça maior de que certas ideias sejam impedidas de serem expressas, a despeito do valor que tais ideias possam ter para os próprios falantes ou para a comunidade em geral.

A defesa da liberdade de expressão, portanto, embora um preceito fundamental das sociedades democráticas, não pode admitir que a opinião defenda escabrosos casos de violência contra negros, homossexuais, nordestinos etc. Não custa lembrar do que houve logo após o segundo turno da eleição presidencial de 2010. Será que o direito de dizer o que se pensa, por mais politicamente incorretas, ofensivas ou imorais que sejam as declarações, deve ser estendido para quem defenda a ideia subjacente aos espancamentos de negros e homossexuais por bandos de skinheads? Isso se daria no mesmo nível da prisão de jovens punks pura e simplemente por fazerem críticas políticas com as quais boa parcela da sociedade concorda?

 

EDITORIAIS


 

Punk, Pussy, Putin

Não seria nem preciso que a Rússia condenasse a dois anos de prisão três moças da banda punk Pussy Riot para que se evidenciasse o perfil autoritário do regime de Vladimir Putin.

Desde que chegou ao governo em 1999, quando foi premiê de Boris Ieltsin, o ex-diretor da KGB (serviço secreto da extinta União Soviética) se esmera em subjugar as instituições russas para hipertrofiar o próprio poder.

Eleito presidente pela primeira vez em 2000, com 53% dos votos, reelegeu-se em 2004, beneficiado pelo forte crescimento econômico. Impedido de concorrer mais uma vez, promoveu, em 2008, a candidatura de Dimitri Medvedev, de quem se tornou primeiro-ministro.

Conseguiu então modificar a Constituição e ampliar o mandato presidencial de quatro para seis anos. Vitorioso novamente num pleito presidencial controvertido, em março passado, Putin já acumula 12 anos no poder -e ficará até 2018, com chance de reeleição.

Espécie de Hugo Chávez do mundo eslavo, tratou de reduzir a autonomia das regiões, sujeitar a imprensa e criar um ambiente hostil ao pluralismo, à crítica e à liberdade de expressão. Ao longo desse percurso, conquistou a simpatia da influente Igreja Ortodoxa, que não lhe tem negado apoio político.

Foi essa aliança que as integrantes do Pussy Riot -representantes de um setor jovem mais cosmopolita- tentaram fustigar numa performance tão irreverente quanto agressiva, bem ao estilo punk.

Com capuzes de tipo balaclava e roupas coloridas, criaram um fato midiático, devidamente filmado e divulgado. Dentro da catedral de Cristo Salvador, em Moscou, as três moças dançaram e pularam enquanto gritavam um rock cuja letra blasfema foi avaliada por muitos russos como profanação de um local sagrado.

A prisão e o julgamento que levou à condenação transformaram as integrantes do grupo em celebridades mundiais, despertaram protestos de jovens na internet e expuseram, para públicos variados, o ânimo intolerante do regime.

Embora metade da população desaprove a pena de prisão, tida como muito pesada, o presidente russo não perderá, só por isso, o apoio da população. Porém, para a imagem global da Rússia, que já padece pela falta de combate à corrupção, o episódio equivale a um tiro no pé de Putin.

 

REPORTAGEM

Putin que pariu!

Julgamento de integrantes do coletivo punk Pussy Riot mobiliza artistas contra repressão do governo russo

  20.jan.12 - Denis Sinyakov/Reuters                                                

 

Membros do coletivo Pussy Riot, durante uma ação em Moscou
MARINA DARMAROS


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MOSCOU

 

Foram cinco meses de detenção e uma semana de julgamento pontuados por protestos de meninas encapuzadas e apoio público de estrelas como Madonna, Peaches e Sting, além do barulho dos artistas russos.

Amanhã, no entanto, às 15h (8h em Brasília), o mundo saberá o destino das três garotas que armaram -com o Pussy Riot, coletivo russo feminista de punk rock- um show de protesto político dentro da catedral do Cristo Salvador em Moscou.

As integrantes do grupo podem ser condenadas a três anos de prisão.

Essa história não é nova. Mesmo depois da era soviética, a repressão a manifestações por liberdade e democracia na Rússia continua.

Durante os três mandatos presidenciais de Vladimir Putin, outras figuras do mundo artístico russo que transpuseram a tênue fronteira entre arte, política e religião pagaram caro.

Andrei Erofeev foi um deles. Ex-diretor de "novas tendências" da aclamada Galeria Tretiakov, Erofeev foi demitido e julgado pela curadoria de uma exposição de peças proibidas em museus e galerias moscovitas.

"Ele queria mostrar à sociedade artística que a censura não existia. Foi julgado por isso", disse à Folha o artista russo radicado nos EUA Leonid Sokov. Aos 69 anos, ele é um dos nomes que tiveram suas provocativas obras expostas na seleção de Erofeev.

Para Sokov, o problema não está na censura de artistas, mas no nascimento de uma geração que, diferente da sua, não viveu as restrições civis da era soviética e não acredita que sua luta seja em vão.

"É difícil encarar a apresentação da Pussy Riot como arte", comenta Sokov. "Aquilo foi uma ação primitiva, mas, de qualquer forma, elas conseguiram o que todo artista quer e precisa: uma reação ampla e viva da sociedade."

 

 

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